A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) condenou nesta ter�a-feira a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade. Em comunicado, no site da ONU, o representante para Am�rica do Sul do Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Direitos Humanos, Amerigo Incalcaterra, manifestou preocupa��o com a viol�ncia nas manifesta��es no Brasil. Incalcaterra ofereceu �s autoridades brasileiras a assessoria t�cnica e a experi�ncia internacional do Alto Comissariado em mat�ria de direitos humanos.
Ele disse tamb�m que “os protestos pac�ficos e a liberdade para informar sobre o desenvolvimento deles s�o um aspecto fundamental de uma democracia din�mica e uma ferramenta indispens�vel para fortalecer os direitos humanos”. Por�m, pediu que as pessoas se manifestam sem atos violentos. “A viol�ncia, de maneira alguma, � o meio para reivindicar direitos”.
O representante lembrou que o Estado brasileiro tem o dever de assegurar que as for�as policiais e de ordem respeitem a todo momento e circunst�ncia os princ�pios de necessidade e proporcionalidade no uso da for�a, conforme os tratados e padr�es internacionais de direitos humanos. Incalcaterra solicitou �s autoridades brasileiras que “garantam o exerc�cio do direito �s liberdades de express�o e reuni�o pac�fica, al�m de prevenir e investigar de forma imediata, independente, imparcial e efetiva qualquer uso excessivo da for�a”.
Citando os grandes eventos, o representante disse que embora o Estado brasileiro tenha a responsabilidade de garantir a seguran�a p�blica por meio de um marco legislativo adequado – ainda em eventos como a Copa do Mundo –, “isso n�o deve impedir nem dissuadir o exerc�cio leg�timo do direito a se manifestar e protestar”.
O carioca Santiago Andrade era casado h� 30 anos com Arlita Andrade. Ele deixou uma filha e tr�s enteados. Profissional h� cerca de 20 anos, ele trabalhava na Rede Bandeirantes de Televis�o h� quase dez anos. O cinegrafista ganhou dois pr�mios de jornalismo (Pr�mio Mobilidade Urbana), nos anos de 2010 e 2012, por mat�rias sobre a dificuldade de transporte. Destacou-se na cobertura das chuvas na regi�o serrana do Rio, em janeiro de 2011, e em Xer�m, em janeiro do ano passado.
A pol�cia j� identificou os dois manifestantes envolvidos no disparo do artefato explosivo. Um deles � o tatuador F�bio Raposo, que ap�s se entregar � pol�cia, confessou ter repassado o explosivo ao suspeito de acender e lan�ar o roj�o. Este foi identificado pela pol�cia como sendo Caio Silva de Souza e ainda est� sendo procurado.