A Ordem dos Advogados do Brasil de S�o Paulo (OAB-SP) avaliou que houve excesso na repress�o � manifesta��o ocorrida no centro da capital paulista, no �ltimo s�bado (22). Segundo o presidente da entidade, Marcos da Costa, o expressivo n�mero de deten��es, inclusive de jornalistas, mostra que a a��o passou dos limites.
“At� pelo n�mero expressivo [de detidos], que corresponde a quase um quarto dos manifestantes, e por nesse n�mero expressivo ainda conter profissionais, como jornalistas, que foram cerceados no seu direito de exercer a profiss�o, nos parece claro que houve excesso por parte da Pol�cia Militar”, ressaltou. Costa destacou ainda que advogados denunciaram ter enfrentado problemas ao atuarem na defesa de manifestantes. “Colegas advogados, que atendiam manifestantes, que estavam sendo detidos, nos informaram que prerrogativas suas foram violadas”.
O presidente da OAB disse que a entidade vai cobrar das autoridades apura��o sobre as den�ncias e os excessos da PM. “N�s vamos contatar as autoridades p�blicas, no sentido de pedir apura��o desses excessos e buscar caminhos para que a pol�cia possa cumprir a sua miss�o de garantir o exerc�cio pleno do direito � manifesta��o”. Para Costa, a corpora��o s� deve agir quando houver ind�cios consistentes da pr�tica de crimes. “Se algu�m estiver aproveitando a situa��o para cometer delitos, a� essa pessoa responder� penalmente por isso”, pontuou.
A OAB-SP tamb�m vai criar um grupo para apoiar os advogados que aturem nos protestos. “Diante da dimens�o das manifesta��es e dessas ocorr�ncias em rela��o � pol�cia, n�s criamos hoje um grupo de 40 advogados volunt�rios, que estar�o, n�o s� atendendo, mas fazendo um trabalho preventivo para assegurar que os colegas que advogarem para militantes tenham suas prerrogativas preservadas”, segundo Costa.
Hoje, o secret�rio de Seguran�a P�blica de S�o Paulo, Fernando Grella, classificou a opera��o policial como bem-sucedida. "Foi uma opera��o feita com o prop�sito de evitar a quebra da ordem. Foi exitosa, a nosso ver, porque n�s tivemos um menor n�mero de feridos, uma quantidade muito inferior de danos e um tumulto muito menos expressivo para a sociedade", destacou.