Uma equipe de 15 homens do Comando de Opera��es Especiais (COE) com seis atiradores de elite est� de tocaia na mata ao redor da Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista, � espera da tropa do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planeja resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros tr�s l�deres da fac��o. Eles podem at� derrubar aeronaves que se aproximarem da pris�o.
Os atiradores - chamados de snipers - t�m fuzis de calibre 5,56 mm. Eles estariam ainda com um fuzil calibre .50. O armamento � suficiente para abater o helic�ptero que tentar retirar os bandidos da pris�o.
Hoje, a c�pula da Seguran�a deveria se reunir para analisar a situa��o. Participariam do encontro os secret�rios da Seguran�a P�blica, Fernando Grella Vieira, e da Administra��o Penitenci�ria, Lourival Gomes. Tamb�m deveriam estar presentes o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, o delegado-geral da Pol�cia Civil, Maur�cio Blazeck, e o diretor do Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (Deic), Wagner Giudice.
Eles decidiriam quais os pr�ximos passos da pol�cia para tentar desarticular o plano dos criminosos. Uma das medidas poss�veis seria pedir � Justi�a o isolamento de Marcola e dos demais envolvidos no plano de fuga no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), da Penitenci�ria de Presidente Bernardes.
Um dos problemas enfrentados pelos envolvidos na investiga��o � o risco de o PCC tentar usar no resgate pilotos de helic�ptero sequestrados em S�o Paulo ou em Curitiba. Essa alternativa foi identificada pelos integrantes da intelig�ncia policial durante as intercepta��es telef�nicas.
No come�o de seu planejamento, a organiza��o criminosa havia optado por treinar tr�s de seus integrantes, financiando um curso de pilotagem de helic�ptero para seus soldados. Mas os criminosos enfrentaram alguns contratempos, como a dificuldade de aprender a pilotar diferentes aeronaves e a pris�o do professor que ensinava seus homens no Campo de Marte. Assim, a fac��o come�ou a cogitar a usar pilotos sequestrados na a��o, que seriam feitos ref�ns e obrigados a levar a tropa de assalto da fac��o at� o pres�dio, no interior.
Um desses voos foi fotografado pelos agentes da pol�cia em 29 de novembro do ano passado. O suspeito Marcio Geraldo Alves Ferreira, o Buda, foi quem contratou o voo panor�mico em S�o Paulo para testar o esquema - ele fez isso duas vezes, segundo a pol�cia, naquele m�s.
No dia 6 deste m�s, por exemplo, os criminosos agendaram mais um voo de helic�ptero para testar o esquema. O servi�o foi feito por uma mulher. No dia 8, outro helic�ptero foi alugado para simular voos at� as cidades de Porto Rico e de Loanda, ambas na regi�o de Maring�, no interior do Paran�. Um inqu�rito foi aberto pelo Deic sobre o caso.