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Estado de Minas

Rio: moradores protestam ap�s morte de mulher arrastada por viatura

Tr�s policiais est�o presos por envolvimento na morte da mulher que levou dois tiros em opera��o policial e depois foi arrastada pela viatura que a levava para o hospital


postado em 17/03/2014 14:37 / atualizado em 17/03/2014 17:07

Cerca de cem pessoas interditaram, por volta das 13h40 desta segunda-feira, 17, as duas pistas da Avenida Ministro Edgard Romero, principal via de Madureira (zona norte do Rio). Carregando faixas pretas e com cr�ticas � Pol�cia Militar, os manifestantes protestam contra a morte da auxiliar de servi�os gerais Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, na manh� de domingo, 16.

Atingida por dois tiros durante opera��o policial no Morro da Congonha, Claudia foi colocada no porta-malas de um carro da PM para ser levada ao hospital. No meio do caminho, a tampa do compartimento abriu, ela ficou pendurada por um peda�o de roupa no para-choque do carro e foi arrastada por pelo menos 250 metros.

Policiais militares do 9º Batalh�o (Rocha Miranda) acompanham o protesto para evitar que mais �nibus sejam incendiados. Na noite de domingo, dois coletivos foram destru�dos e uma viatura da PM, apedrejada. O corpo de Claudia foi enterrado no in�cio da tarde no cemit�rio de Iraj� (zona norte). Cerca de 200 pessoas, entre parentes, vizinhos do Morro da Congonha e colegas da empresa onde ela trabalhava, acompanharam o cortejo f�nebre.

Muito emocionado, o marido de Claudia, o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de 41 anos, disse que a mulher "foi tratada como bicho". "Nem o pior traficante do mundo deveria ser tratado assim. Claudia havia acabado de sair de casa, por volta das 8h, para comprar p�o, quando um grupo de quatro ou cinco policiais entrou na comunidade. N�o teve troca de tiros com traficantes, s� os PMs atiraram. Se ela tivesse ficado em meio ao fogo cruzado, teria sido atingida pelos dois lados, e n�o foi isso que aconteceu. Ela era guerreira, determinada, batalhadora, objetiva. Era pau para toda obra. At� a assentar tijolo ela aprendeu para me ajudar com a constru��o da nossa casa. O jeito agora � ter for�a para criar nossos quatro filhos", disse o vi�vo.

O feirante Carlos Roberto Francisco da Silva foi a primeira pessoa que encontrou Claudia depois de ser baleada. "Eles (os policiais) viram os bandidos correndo e come�aram a atirar. Cheguei a avisar para terem cuidado porque havia v�rios moradores na rua. Escutei os tiros e, quando fui ver, minha comadre (Claudia) j� estava ca�da no ch�o", contou Silva. A filha ca�ula da v�tima, de 10 anos, estava em casa quando ouviu os disparos. "Acordei com o barulho e, quando fui ver o que estava acontecendo, vi minha m�e ca�da no ch�o. Ela n�o estava consciente e vi quando os policiais a colocaram na ca�amba da viatura", disse a menina.

A Pol�cia Civil instaurou inqu�rito para apurar o caso. A 29ª DP (Madureira) aguarda a conclus�o do laudo cadav�rico, que vai apontar se a causa da morte de Claudia foram os tiros ou o fato de ela ter sido arrastada durante o socorro. Os PMs envolvidos na ocorr�ncia prestar�o novos depoimentos. Tr�s policiais est�o presos administrativamente desde domingo por determina��o do comando do 9º Batalh�o. A corregedoria da PM abriu Inqu�rito Policial Militar (IPM) para apurar o caso. Os tr�s PMs est�o sendo ouvidos pela corregedoria nesta tarde.


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