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Estado de Minas

Fam�lia e vizinhas de mulher arrastada por carro da PM prestam depoimento

Delegado aguardo laudo para saber o tipo de arma que foi usada no homic�dio de Cl�udia e estimar o tempo da morte dela


postado em 21/03/2014 22:39

O delegado da 29ª Delegacia de Pol�cia (DP), em Madureira, Carlos Henrique Machado, respons�vel pelas investiga��es da morte da auxiliar de servi�os gerais Cl�udia da Silva Ferreira, informou que aguarda o resultado dos laudos da per�cia, do local e das armas, tanto dos policiais como as apreendidas na a��o. O delegado solicitou ao Instituto de Criminal�stica Carlos �boli per�cias complementares para tentar apontar o tipo de arma que foi usada no homic�dio de Cl�udia e estimar o tempo da morte dela. O delegado acrescentou que a reconstitui��o do crime s� deve ocorrer daqui a 15 dias.

Nesta sexta-feira, o vi�vo de Cl�udia, Alexandre Fernandes da Silva, a filha mais velha, Tha�s, e mais duas moradoras da comunidade prestaram depoimento. Al�m deles, o delegado j� ouviu oito policiais militares.

O advogado da fam�lia, Jo�o Tancredo, acompanhou os depoimentos, e disse que as moradoras contaram que Cl�udia foi ferida quando andava em dire��o aos policiais. Elas negaram que tenha havido confronto entre policiais e traficantes. “O Alexandre e a Tha�s prestaram depoimentos do que ouviram falar. Tha�s chegou quando a m�e estava ca�da no ch�o, mas as testemunhas viram quando Cl�udia foi atingida, o que � muito diferente. Refor�a a tese de que ela foi morta no local”, disse em entrevista � Ag�ncia Brasil.

Segundo o advogado, a retirada do corpo de Cl�udia do local onde foi atingida, foi feita para mudar a cena do crime. “Isso � uma caracter�stica, e acontece muito no Rio de Janeiro. Retira-se o corpo da pessoa j� morta no local com a inten��o de alterar o cen�rio e com isso dificultar a per�cia. � claro que isso acabou acontecendo. Agora com o depoimento das testemunhas vai ocorrer uma reprodu��o simulada do fato e com peritos no local, como foi feito no caso Amarildo”, analisou.

Jo�o Tancredo disse ainda que a fam�lia ficou triste com a libera��o, hoje, dos policiais que arrastaram, em um carro da PM, o corpo da auxiliar de servi�os gerais por cerca de 300 metros, na Estrada Intendente Magalh�es, ap�s ela ter sido ferida. O advogado acrescentou que mais do que tristeza tanto a fam�lia como os moradores da comunidade sentem medo com a liberdade dos policiais. � muito dif�cil para a fam�lia entender a liberta��o deles. Mas, mais que tristes, assim como os moradores, est�o com medo deles estarem soltos”, contou.

Indignado com a liberta��o dos policiais, o vi�vo Alexandre disse que “para eles n�o tem Justi�a. Justi�a tem para mim. Se eu chegar ali e der uma paulada em um ali, eu vou para a cadeia. E a�? Voc�s acham que a gente n�o fica com medo?, questionou.

O advogado esclareceu que como n�o foi configurado o crime dos tr�s policiais, porque n�o ficou caracterizado que eles atiraram e quiseram transportar o corpo para mudar a cena, eles teriam que ser soltos. Jo�o Tancredo, ponderou, no entanto, que diante dos depoimentos das testemunhas, se a pol�cia chegar � conclus�o de que eles participaram da morte, os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves podem ser presos por homic�dio. “Se chegarem � conclus�o de que quem atingiu foi o mesmo que socorreu, a� vai responder pelo homic�dio, pela altera��o do local do crime e por forma��o de quadrilha, porque se juntaram para cometer o crime. Pode complicar muito a vida deles”, explicou.


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