
O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), estavam reunidos para discutir estrat�gias de atua��o dos integrantes da For�a Nacional de Seguran�a e do Ex�rcito enviados � Bahia para fazer o policiamento durante a greve da PM, quando foram informados que o movimento havia sido encerrado. Na sa�da do encontro, por�m, os dois n�o festejaram o fim da greve.
Cardozo disse que a greve da PM no Estado foi "uma clara viola��o do texto constitucional" e que o governo federal est� preparado para auxiliar os Estados em casos semelhantes. "Temos v�rios direitos constitucionais, um deles � o de seguran�a p�blica, e para garantir esses direitos a Constitui��o coloca certos limites a a��o de agentes", explicou. "No caso da Bahia, houve uma clara viola��o do texto constitucional. N�o � poss�vel que n�s tenhamos interesses corporativos colocados acima do interesse da sociedade, que reivindica��es sejam feitas espalhando p�nico e terror."
De acordo com Cardozo, a rapidez no envio das tropas federais � Bahia foi uma demonstra��o da capacidade do governo federal de reagir a situa��es semelhantes. "O governo federal tem a miss�o de defender a Constitui��o e o estado democr�tico de direito", disse. "Se houver uma tentativa de viola��o dos direitos da popula��o, n�s atuaremos", finalizou.
"A not�cia nos tranquiliza muito, mas n�o podemos comemorar, porque ficam os traumas desses dois dias de greve", resumiu o governador Wagner. De acordo com ele, ficou combinado com o ministro que as tropas federais seguem na Bahia pelo menos at� o in�cio da pr�xima semana. "Nosso planejamento n�o se encerra aqui, temos um feriado pela frente e vamos manter a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para uma reavalia��o, at� ter a certeza de que a normalidade foi reconquistada."