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Estado de Minas

Ato pol�tico-cultural em S�o Paulo lembra morte de Cl�udia Ferreira

Ao ser socorrida pela PM ap�s ser atingida por um tiro, ela teve o corpo arrastado por mais de 300 metros, preso ao porta-malas de uma viatura. O evento foi chamado de A Paix�o de Cl�udia em refer�ncia � sexta-feira da Semana Santa


postado em 18/04/2014 17:22

Organiza��es de mulheres negras de S�o Paulo fazem na tarde de hoje (18) um ato pol�tico-cultural em homenagem a Cl�udia da Silva Ferreira, que foi atingida por uma bala durante uma opera��o da Pol�cia Militar no Morro do Congonha em Madureira, no Rio de Janeiro, no dia 16 de mar�o. Ao ser socorrida pela PM, ela teve o corpo arrastado por mais de 300 metros, preso ao porta-malas de uma viatura. O evento foi chamado de A Paix�o de Cl�udia em refer�ncia � sexta-feira da Semana Santa.

“� uma met�fora �s mulheres que tanto sofreram em nome de outras pessoas, filhos, maridos, sobrinhos, v�rias gera��es sustentadas por elas”, explicou uma das organizadoras do evento, Nina Vieira, integrante dos coletivos Manifesto Crespo e Roda da M�e Preta. O ato teve in�cio em frente � Igreja da Consola��o, no centro capital, e seguiu em cortejo ao som de atabaques, por volta das 15h30, at� a Igreja Nossa Senhora do Ros�rio dos Homens Pretos. “Os tambores s�o uma forma de nos conectar com os nossos ancestrais, especialmente, as lutadoras”.

Ap�s uma hora de caminhada, os participantes chegaram � est�tua da M�e Preta, em frente � igreja, e fizeram uma oferenda de rosas vermelhas. “O ato tem como prop�sito falar n�o s� sobre o que aconteceu com a Cl�udia, mas tamb�m com toda a popula��o negra que enfrenta diariamente a neglig�ncia dos governos”, disse Nina. Ela destacou que a proposta � fazer um ato pol�tico, mas de forma pac�fica. “Por isso tamb�m que optamos por fazer em um feriado. N�o � nossa ideia atrapalhar o tr�nsito do centro”, destacou.

O vi�vo de Cl�udia, Alexandre Fernandes Silva, 42 anos, que tamb�m esteve presente ao ato, lembrou que a presen�a do Estado, normalmente, ocorre por meio da viol�ncia nas favelas. “Tem comunidades que a UPP [Unidade de Pol�cia Pacificadora] trata o morador da mesma forma que antes, nada mudou”, avaliou. Cl�udia era auxiliar de servi�os gerais, m�e de quatro filhos e educava mais quatro sobrinhos. Alexandre, hoje, � respons�vel pela educa��o de oito crian�as e adolescentes.

O ato teve continuidade com apresenta��es culturais no Largo do Paissand�. Foram convidados grupos de dan�as tradicionais, como o Jongo; sarau de mulheres negras; rap; djs; e dan�a. A educadora Adriana Gon�alves, 30 anos, decidiu participar do protesto porque avalia que casos como o de Cl�udia s�o emblem�ticos em rela��o ao tratamento dado � popula��o negra. “Temos a mem�ria muito curta. N�o podemos deixar que isso n�o passe de uma como��o


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