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Estado de Minas

Fechamento da catedral do Rio na Semana Santa frustra fi�is e turistas

A decis�o, tomada por medida de seguran�a, ocorreu em fun��o do acampamento, na entrada principal da catedral, de cerca de 50 pessoas, em sua maior parte ex-ocupantes do terreno da operadora de telefonia Oi


postado em 19/04/2014 18:00

O fato in�dito do cancelamento, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, da programa��o da Semana Santa na Catedral Metropolitana de S�o Sebasti�o causou surpresa e indigna��o entre fi�is cat�licos e turistas que pretendiam visitar a igreja neste S�bado de Aleluia. A decis�o, tomada por medida de seguran�a, ocorreu em fun��o do acampamento, na entrada principal da catedral, de cerca de 50 pessoas, em sua maior parte ex-ocupantes do terreno da operadora de telefonia Oi, e que estavam at� � madrugada de sexta-feira (18) em frente ao Centro Administrativo da prefeitura do Rio, na Cidade Nova.

Na manh� de hoje (19), cariocas e turistas, desinformados do cancelamento, chegavam ao local e se deparavam com a situa��o. Os noruegueses Geir e Kath Storemark, acompanhados da filha Marita, estavam percorrendo pontos tur�sticos da cidade, levados de carro por um amigo carioca, que se identificou apenas como Marco Antonio. O casal estrangeiro ficou decepcionado por terem que se contentar em apenas fotografar o templo do lado de fora.

“Em plena Semana Santa, viemos visitar a catedral e encontramos ela fechada. Um quadro como esse infelizmente j� est� se tornando uma coisa corriqueira em nosso estado”, lamentou Marco Antonio, que disse ser cat�lico praticante.

Mission�ria da Igreja Cat�lica, a jornalista Maria Bernadete Pinz�n Felippe criticou o fato e disse que a arquidiocese deveria ter mantido a programa��o. “A Igreja n�o deveria ter recuado. Eu acho que essas pessoas deveriam ser retiradas de l�, porque isso n�o � um movimento, mas sim uma arrua�a de uma d�zia de pessoas induzidas por lideran�as com interesse em alguma coisa. Quem � que est� por detr�s das pessoas que est�o acampadas l�?”, indagou.

Segundo Bernadete, a Igreja, por meio de suas pastorais, faz um trabalho social e ajuda as pessoas que realmente necessitam. Ela considera que n�o foi por acaso o fato de o grupo ter decidido acampar na porta da catedral justamente na Sexta-feira Santa, quando ocorreriam no local os atos lit�rgicos da Paix�o de Cristo. “A inten��o � comprometer e banalizar a Igreja Cat�lica nessa arrua�a”, disse.

Apesar do cancelamento da programa��o na catedral, a Sexta-feira da Paix�o foi celebrada na tarde de sexta-feira (18) em todas as par�quias e em muitas capelas da Arquidiocese do Rio. Na comunidade de Antares, em Santa Cruz, zona oeste da cidade, o cardeal dom Orani Jo�o Tempesta presidiu o of�cio na Capela Santo Ant�nio e Nossa Senhora de Lourdes.

“� muito triste ver a viol�ncia, o rancor, o �dio, a divis�o no cora��o das pessoas. Muito mais, quando os pobres s�o manipulados por interesses. O mundo precisa aprender a respirar a mensagem do Evangelho, que nos ensina a viver em paz, na fraternidade, no respeito ao outro”, disse o cardeal aos fi�is presentes.

A arquidiocese n�o informou em qual par�quia dom Orani Tempesta far� a Vig�lia Pascal, evento do calend�rio da Semana Santa que ocorre em todas as igrejas na noite de s�bado. Amanh� (20), tamb�m em todas as par�quias, ser� celebrada �s 10h a Missa da P�scoa.

Os manifestantes permanecem acampados na �rea em volta da catedral, normalmente utilizada como estacionamento. Ontem (18), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social se reuniu com o grupo, na presen�a de padres da Pastoral das Favelas, e ofereceu vagas na rede acolhedora do munic�pio. Quando as vans da secretaria chegaram ao local, o grupo se recusou a seguir para o abrigo.

A advogada Eloisa Samy, do Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (DDH), que acompanha os sem-teto, disse que eles v�o permanecer acampados neste final de semana em frente � catedral. Ela disse que a prefeitura fez uma proposta inicial de mandar 19 homens do movimento para hot�is pagos por ela e encaminhar mulheres e crian�as para um abrigo em Jacarepagu�, na zona oeste. A proposta n�o foi aceita porque "eles n�o aceitam ficar separados".

Segundo Eloisa, eles querem ou que todos fiquem juntos em hot�is ou ent�o que a pefeitura garanta o pagamento do aluguel social, no valor de R$ 400, por tr�s meses. Ela informou tamb�m que o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educa��o (Sepe) levar� marmitas para serem distribu�das entre os manifestantes hoje e que tamb�m haver�, no final da tarde, a distribu���o de ovos de P�scoa para os acampados.


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