A maior parte dos brasileiros tem a sensa��o de que a vida melhorou nos �ltimos anos, mas quer mais. Tr�s mil entrevistados ouvidos em todas as regi�es do Pa�s avaliam mal os servi�os p�blicos, querem mais qualidade e preferem uma melhora nos servi�os a uma redu��o da carga tribut�ria. � o que revela a pesquisa "A rela��o dos brasileiros com os servi�os p�blicos", realizada pelo Data Popular e divulgada nesta quinta-feira, 24.
"A pesquisa deixa claro que os brasileiros est�o chamando para si a responsabilidade pela melhora de vida e esperam um governo que seja plataforma para esse avan�o, por isso defendem que educa��o gratuita e sa�de gratuita sejam oferecidas", avalia o presidente do Data Popular, Renato Meirelles.
Entre os entrevistados, 81% utilizam educa��o p�blica, 75% dependem de hospitais p�blicos e postos de sa�de e 59% s�o usu�rios de transporte p�blico. A maioria (56%) ainda aposta que as pol�ticas do governo s�o as principais formas para garantir direitos e tamb�m � maioria o grupo que apoia que o governo atue com for�a na economia para evitar abusos de empresas (61%).
Em sua maioria, os entrevistados disseram ser favor�veis � oferta gratuita de servi�os p�blicos - desde hospitais (91%) at� internet (54%), passando por educa��o, universidade, creche, rem�dios e transporte. Mas n�o basta gratuidade, � preciso tamb�m melhorar a qualidade da oferta. A nota dada pelos entrevistados para a seguran�a � a mais baixa: 3,64. A situa��o n�o melhora na avalia��o da educa��o p�blica (4,56), sa�de (3 73) e transporte (3,87).
"Percebemos na pesquisa que, em geral os brasileiros avaliam melhor os servi�os privados do que os servi�os p�blicos", complementa Meirelles.
Tamanha � a insatisfa��o com os servi�os entregues atualmente, que apesar de 78% concordarem com a afirma��o de que hoje os impostos s�o mais altos do que deveriam ser, 81% prefeririam uma melhora nos servi�os p�blicos a impostos menores. S� 18% optariam pela redu��o da carga tribut�ria em detrimento da melhora nos servi�os.
Os entrevistados foram ouvidos em 53 cidades de todas as regi�es do Brasil, com pesquisa feita entre todas as faixas de renda. A margem de erro � de 1,8 ponto porcentual.