
O corpo do jovem Edilson Silva dos Santos, de 27 anos, foi enterrado na manh� deste s�bado, em uma cerim�nia simples, no Cemit�rio S�o Jo�o Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. As leituras b�blicas foram feitas pelos pr�prios moradores do Morro do Pav�o-Pav�ozinho, onde ele morreu baleado na cabe�a, na �ltima ter�a-feira (22), durante protesto contra a morte do dan�arino Douglas Rafael da Silva, o DG, ocorrida na madrugada do mesmo dia. A cerim�nia foi acompanhada por 21 pessoas.
A auxiliar de servi�os gerais Simone Hil�rio de Souza, m�e adotiva de Edilson, que na comunidade era conhecido como Mateuzinho, lembrou quando acolheu Edilson. "Eu n�o sei de onde ele veio. Apareceu na nossa comunidade, dormindo dentro de uma Kombi. A� eu via ele sempre triste e comecei a dar comida e aten��o. Era um menino muito bom e amoroso com todos. A minha casa era pequena, mas eu abracei ele como um filho”, contou Simone, que tem sete filhos.
Como no in�cio n�o sabiam o nome do jovem, que tinha problemas mentais e chegou a ficar seis anos internado em um manic�mio judici�rio pelo roubo de um peda�o de alum�nio, a auxiliar de servi�os gerais passou a chamar-lhe de Mateus, nome como ficou mais conhecido na comunidade.
Ela foi convocada a prestar depoimento na Pol�cia Civil na pr�xima quarta-feira (30), para tentar esclarecer as circunst�ncias da morte, que ocorreu por volta das 18h, na parte baixa da Ladeira Saint Roman, durante protesto de moradores. O enterro terminou com uma ora��o, seguida por uma salva de palmas.
No �ltimo dia 24, foi enterrado o corpo do dan�arino Douglas Rafael da Silva, no mesmo cemit�rio. Na ocasi�o, os presentes cobraram justi�a pela morte do rapaz.