MPF denuncia seis �ndios por mortes de brancos em reserva no Sul do Amazonas

Seis pessoas foram denunciadas nesta quarta-feira, 30, pelo Minist�rio P�blico Federal do Amazonas (MPF/AM), pelos assassinatos de tr�s brancos no interior da terra ind�gena Tenharim Marmelos, em Humait�, no Sul do Amazonas. A a��o penal, entregue nesta quarta-feira, 30, denuncia seis �ndios tenharins, que v�o responder por triplo homic�dio duplamente qualificado, sendo que quatro deles tamb�m ser�o julgados por oculta��o de cad�ver.

Cinco �ndios est�o presos desde 30 de janeiro e um sexto est� sendo procurado. Eles s�o acusados de assassinar o professor Stef Pinheiro de Souza, 43 anos, o representante comercial Luciano Ferreira Freire, 30, e o t�cnico Aldeney Ribeiro Salvador, de 40. As investiga��es conclu�ram que as v�timas foram assassinadas quando atravessavam a �rea ind�gena, na rodovia Transamaz�nica (BR-230), com destino a Apu�, em 16 de dezembro de 2013. As v�timas foram assassinadas a tiros, ainda dentro do ve�culo. Os corpos s� foram encontrados em 3 fevereiro enterrados dentro da reserva.

De acordo com o MPF, os procuradores respons�veis pelo caso pediram a manuten��o da pris�o preventiva, durante todo o processo, para os cinco denunciados que est�o presos e requisitaram a instaura��o de um novo inqu�rito para apurar a participa��o de mais pessoas no crime. A a��o tramita sob segredo de Justi�a.

O MPF esclareceu que desde o in�cio do caso tem atuado na esfera c�vel para garantir a seguran�a dos ind�genas contra atos discriminat�rios. Decis�es da Justi�a foram favor�veis a a��es do MPF determinando a prote��o das aldeias e o envio de alimentos, m�dicos, rem�dios e a garantia de acesso � educa��o pelos estudantes ind�genas.

O conflito se agravou na noite de Natal de 2013, quando uma multid�o foi �s ruas para protestar contra a demora da Pol�cia Federal em desvendar o desaparecimento dos tr�s homens. Manifestantes incendiaram a sede da Funda��o Nacional do �ndio (Funai) e a Casa do �ndio, que servia de posto de assist�ncia aos ind�genas na cidade de Humait�. Eles tamb�m incendiaram caminhonetes e em um grande barco que servia de hospital para os moradores ribeirinhos do rio Madeira. Dois dias depois, manifestantes colocariam fogo em pontos de ped�gio mantidos pelos �ndios na BR-230. Cerca de 150 de ind�genas que estavam em Humait�, se refugiaram no quartel do Ex�rcito para se proteger de poss�veis agress�es e depois se recolheram em suas aldeias, sem poder retornar � cidade. Desde ent�o, cerca de 500 homens da For�a Nacional e da Pol�cia Rodovi�ria Federal patrulham Humait� e a BR-230 para evitar conflitos.