
O juiz Marcos Lu�s Agostini, de Tr�s Passos (RS), manteve a pris�o tempor�ria do m�dico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Boldrini, em decis�o tomada nesta sexta-feira, 2. O pedido de revoga��o foi feito pelo advogado J�der Marques na quarta-feira, depois de um depoimento da enfermeira Graciele Ugulini, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo, isentar o m�dico de culpa pela morte do garoto.
Em sua decis�o, o magistrado considerou que "n�o � de se estranhar que ela (Graciele) negue a participa��o do investigado Leandro no fato, em n�tida tentativa, ao que parece, de proteger seu convivente e pai de sua filha". Al�m de Bernardo, do primeiro casamento, Leandro tem uma filha de um ano e meio com Graciele.
O juiz sustentou, ainda, que "a revoga��o da pris�o tempor�ria neste momento, quando ainda est�o em curso v�rias dilig�ncias investigativas, que est�o sendo feitas em sigilo, seria medida temer�ria e prejudicial � completa elucida��o do fato". O parecer do Minist�rio P�blico, emitido na quinta-feira, tamb�m foi pela manuten��o da pris�o.
Bernardo desapareceu de casa, em Tr�s Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quil�metros, no dia 14 de abril. A investiga��o policial descobriu que no dia do desaparecimento o garoto havia viajado com a madrasta.
Em Frederico Westphalen, c�meras de seguran�a mostraram imagens do menino saindo em companhia de Graciele e da assistente social Edelv�nia Wirganovicz e das duas voltando sozinhas. A enfermeira acabou admitindo que o enteado morreu em suas m�os e considerou a ocorr�ncia um "acidente" resultante da ingest�o de calmantes que deu ao garoto.
A defesa de Leandro afirma que ele � inocente. O advogado de Edelv�nia reconhece que ela ajudou a ocultar o cad�ver, mas nega que tenha qualquer participa��o no "evento morte". Os tr�s suspeitos est�o presos desde o dia 14.