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Estado de Minas

Pesquisa mostra que dois em cada 10 adolescentes j� foram v�timas de agress�o

Dados apontam que 5,4 milh�es de brasileiros sofreram abuso sexual na inf�ncia


postado em 08/05/2014 00:12 / atualizado em 08/05/2014 08:00

S�o Paulo – Pesquisa divulgada ontem pela Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) mostra que dois a cada 10 adolescentes do Brasil j� foram v�timas de algum tipo de agress�o durante a vida. O dado faz parte do Levantamento Nacional de �lcool e Drogas (Lenad) que ouviu 4.607 pessoas maiores de 14 anos em 149 munic�pios de todo o pais, em 2012. O estudo aponta que 21,7% da popula��o brasileira sofreu algum tipo de abuso quando crian�a. “Em 20% dos casos em que as crian�as ou adolescentes foram v�timas de viol�ncia os pais ou cuidadores estavam sob o efeito de �lcool”, afirmou uma das coordenadoras da pesquisa Clarice Sandi Madruga. Segundo ela, esse n�mero n�o oscilou na compara��o com o �ltimo levantamento feito em 2006, o que sugere “comportamento cultural”.


O trabalho concluiu que esse tipo de viol�ncia � cometida principalmente por algum parente (pai, padrasto e irm�os n�o se encaixam nessa categoria), um amigo pr�ximo � fam�lia da crian�a ou um desconhecido. No entanto, 17% das pessoas entrevistadas pela pesquisa n�o quiseram dizer quem foi o agressor. As agress�es de menor potencial, como empurrar, beliscar e arranhar, lideram o ranking. Por�m, em 11,9% dos casos, os menores relataram que j� apanharam at� ficar com marcas pelo corpo.


O levantamento mostra que 5% da popula��o adulta (maior de 18 anos) relatou ter sido v�tima de abuso sexual na inf�ncia ou adolesc�ncia, o que representa cerca de 5,4 milh�es de brasileiros. O abuso de meninas (7%) foi mais alto que o de meninos (3,4%). “Entre todos os tipos de viol�ncia precoce, o abuso sexual � provavelmente o evento que leva a consequ�ncias mais dr�sticas e que permanecem a longo prazo”, escreveram os autores do levantamento em nota.


A pesquisa ainda revelou dados sobre a prostitui��o infantil que foi classificada como sendo um “problema social e de sa�de p�blica grav�ssimo” no Brasil. Os pesquisadores identificaram que mais de 1% dos participantes da pesquisa relataram ter recebido dinheiro para fazer sexo antes dos 18 anos de idade. A porcentagem representa, na proje��o da pesquisa, mais de um milh�o de brasileiros. “Ao contrario do esperado, a preval�ncia da prostitui��o precoce entre meninos foi maior que entre as meninas”, disse Clarice. Segundo o levantamento, 1,6% dos homens relataram ter recebido para fazer sexo durante a inf�ncia ou adolesc�ncia, enquanto que entre as mulheres a parcela � de 1%.


Al�m disso, um em cada 10 entrevistados testemunhou, na inf�ncia, algum epis�dio de agress�o f�sica entre seus pais ou cuidadores. “Presenciar viol�ncia entre pais ou cuidadores durante a inf�ncia pode ter um impacto negativo quase t�o grande quanto ser propriamente v�tima da agress�o”, dizem os pesquisadores.

BULLYING O levantamento tamb�m estimou a preval�ncia de pessoas que foram v�timas de bullying na escola durante a inf�ncia e adolesc�ncia. Segundo os resultados, 13% dos brasileiros j� sofreram esse tipo de agress�o, que foi descrita como “atitudes agressivas intencionais repetidas de um ou mais colegas contra outra pessoa”. A agress�o verbal – como receber apelidos ou ser intimidado ou humilhado – foi o tipo de bullying mais relatado pelos entrevistados, seguido por fofocas e viol�ncia f�sica. O racismo correspondeu a 1,3% desses epis�dios e a homofobia, 0,1%.

PREVEN��O Para a coordenadora do estudo, a maior estrat�gia de preven��o contra os casos de viol�ncia contra crian�as e adolescentes s�o os investimentos para que escolas e unidades de sa�de tenham condi��es de detectar menores que estejam sendo v�timas de viol�ncia por parte de familiares. “Os dados oficiais n�o correspondem � realidade. � preciso ampliar o acesso a informa��o e principalmente denunciar os casos”, afirmou. Segundo ela, o melhor canal para denunciar � o Disque 100.

‘proteja brasil’ O governo apresentou ontem durante semin�rio no Rio de Janeiro a��es do programa de prote��o de crian�as e adolescentes para a Copa do Mundo. O evento serviu para a apresenta��o do aplicativo para celular “Proteja Brasil”, que auxilia a den�ncia de abusos contra menores. Reportagens revelaram a exist�ncia de redes de aliciadores que atuam nas cidades-sede do evento, pagando at� R$ 15 mil para jovens ficarem � disposi��o de turistas no per�odo dos jogos. A partir da localiza��o do aparelho, o aplicativo indica telefones para den�ncias e endere�os de delegacias, conselhos tutelares e organiza��es que ajudam a combater a viol�ncia contra a inf�ncia e adolesc�ncia nas principais cidades brasileiras. O evento marcou a abertura do M�s de Enfrentamento � Viol�ncia Sexual Infanto-Juvenil – o Dia Nacional de Combate ao Abuso e � Explora��o Sexual de Crian�as e Adolescentes � celebrado no dia 18.


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