Justi�a considera abusiva greve dos motoristas de �nibus em S�o Paulo

O colegiado do Tribunal Regional do Trabalho da 2� Regi�o considerou hoje (26) abusiva a greve dos rodovi�rios da capital paulista. A paralisa��o parcial de motoristas e cobradores, na semana passada, chegou a interditar metade dos 28 terminais de �nibus da cidade. O movimento foi deflagrado por profissionais que se diziam insatisfeitos pelo acordo coletivo aprovado em assembleia pelo sindicato da categoria. Os grevistas dever�o compensar os dois dias parados com uma hora a mais de trabalho por dia. Os sindicatos dos Motoristas e Trabalhadores Rodovi�rio Urbano de S�o Paulo (Sindmotoristas) e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de S�o Paulo (SPUrbanuss) v�o pagar multa de R$ 200 mil em partes iguais.

Apesar das entidades alegarem n�o ter participa��o direta na greve, a relatora, desembargadora Ivani Contini Bramante, avaliou que ambos t�m responsabilidade nos preju�zos causados � popula��o. A san��o - R$ 100 mil por dia de paralisa��o - ser� revertida para a Santa Casa de Miseric�rdia de S�o Paulo.A audi�ncia, que durou 1h30, avaliou que o movimento desobedeceu as normas legais. Faltou, segundo os desembargadores, aviso pr�vio (os grevistas deveriam anunciar a paralisa��o com pelo menos 72 horas de anteced�ncia) e assembleia para legitimar a a��o. Na tarde de hoje, tamb�m houve audi�ncia de concilia��o, no TRT, entre a empresa MobiBrasil, que opera linhas de �nibus em Diadema, Grande S�o Paulo, e os trabalhadores. Os motoristas e cobradores da companhia fizeram movimento semelhante ao dos paulistanos, na semana passada. O encontro acabou sem acordo, ap�s a empresa rejeitar a proposta apresentada pelo pr�prio tribunal. Empresa e sindicato ter�o agora 48 horas para apresentar a defesa antes do caso seguir para julgamento.