Moradores de Salvador e de S�o Lu�s que precisam de �nibus para se locomover enfrentaram uma manh� ca�tica nesta ter�a-feira (27). Em busca de aumentos salariais e de melhores condi��es de trabalho, rodovi�rios das duas capitais nordestinas cruzaram os bra�os e se somaram �s paralisa��es parciais que j� vinham ocorrendo nos �ltimos dias.
De acordo com diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodovi�rios do Estado da Bahia, a ades�o da categoria � paralisa��o � de quase 100%. Segundo o diretor de imprensa da entidade, Alo�sio Gomes, uma parte dos rodovi�rios n�o ficou satisfeita com o acordo de trabalho que o sindicato assinou com donos das empresas de �nibus, na segunda-feira (26), e sa�ram �s ruas para protestar. �nibus foram estacionados em vias movimentadas e passageiros foram obrigados a descer. Hoje, os rodovi�rios insatisfeitos voltaram �s ruas para convencer outros profissionais a cruzarem os bra�os.
“Para manter a integridade f�sica de todos, o sindicato decidiu reabrir as negocia��es. Com isso, o acordo j� assinado perdeu a validade”, disse Gomes � Ag�ncia Brasil.
Proposto pela Superintend�ncia Regional do Trabalho e Emprego ap�s quase dois meses de negocia��es, o acordo previa aumento de 9% sobre os sal�rios e sobre o valor do t�quete refei��o; jornada de trabalho de 7 horas com intervalos de 20 minutos; manuten��o e amplia��o da gratifica��o do carnaval. As empresas tamb�m tinham se comprometido a contratar mais mulheres para as �reas operacionais. O acordo valeria para os trabalhadores urbanos, intermunicipais, do fretamento, turismo e metropolitano.
A Ag�ncia Brasil fez contato com a prefeitura, com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut) e com a Superintend�ncia de Tr�nsito e Transportes de Salvador (Transalvador) por meio dos telefones informados nos respectivos sites, mas n�o conseguiu falar com ningu�m.
Em S�o Lu�s, o secret�rio administrativo do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodovi�rio do Estado do Maranh�o, Isa�as Castelo Branco, garante que, hoje, quase 100% dos rodovi�rios aderiram � paralisa��o iniciada na �ltima quinta-feira (22). A informa��o foi confirmada pela assessoria da prefeitura, que admitiu que o sistema p�blico de transporte foi bastante comprometido pelo movimento.
Uma reuni�o entre os representantes dos trabalhadores e das empresas de �nibus, acompanhada por representantes da prefeitura, do Minist�rio P�blico, Procon e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) est� marcada para as 16h (hor�rio local) de hoje, na Secretaria Municipal de Tr�nsito e Transportes.
“A categoria est� mobilizada. Vamos aguardar at� o fim da reuni�o desta tarde com a esperan�a de sairmos de l� com algo que possa ser avaliado em assembleia, amanh� cedo. Agora, se n�o houver nenhum avan�o, vamos continuar parados por tempo indeterminado”, disse Castelo Branco � Ag�ncia Brasil.
Os rodovi�rios de S�o Lu�s reivindicam 16% de aumento salarial; t�quete alimenta��o de R$ 500; inclus�o de um dependente no plano de sa�de e implanta��o do plano odontol�gico, redu��o da jornada de trabalho de 7 para 6 horas, seguro de vida no valor de dez vezes o piso – que atualmente � R$ 1.298. Os donos das empresas de �nibus afirmam que s� podem conceder aumento salarial aos seus empregados caso a prefeitura autorize o reajuste dos pre�os das passagens – proposta com a qual a prefeitura n�o concorda.