Mesmo ap�s o Sindicato dos Trabalhadores Rodovi�rios do Estado da Bahia (Sintroba) ter aceitado a contraproposta das empresas de transporte p�blico de Salvador e cancelado a greve prevista para esta ter�a-feira, 27, n�o h� �nibus circulando na cidade. A paralisa��o atrapalha o cotidiano de cerca de 1,5 milh�o de pessoas, mas at� o momento, n�o s�o registrados problemas nas principais esta��es da capital baiana, que j� amanheceram com movimento bem abaixo do normal, nem no tr�nsito, que flui com mais tranquilidade do que a registrada normalmente nos principais corredores urbanos.
Segundo a dire��o do sindicato, n�o h� greve, mas uma manifesta��o de "grupos minorit�rios" de trabalhadores, que impedem a sa�da dos coletivos das garagens desde a madrugada. Policiais do Batalh�o de Choque da PM foram deslocados para a porta de algumas empresas, para evitar conflitos entre os grupos que impedem a sa�da dos �nibus e os que querem trabalhar. Na tarde de ontem, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que, caso a paralisa��o ocorresse, 70% da frota deveria circular nos hor�rios de pico e 50% no restante do dia, sob pena de multa, para o sindicato, de R$ 100 mil por dia.
Uma assembleia foi realizada em seguida, na sede do sindicato, com a participa��o de cerca de 200 trabalhadores, aprovando o acordo. Enquanto isso, outros cerca de mil trabalhadores aguardavam uma reuni�o com a dire��o em outro local, mais amplo, para realizar a assembleia. Esse grupo alegou n�o ter sido ouvido e decidiu manter a paralisa��o, que havia sido marcada na �ltima quinta-feira para a 0 hora de hoje.
J� no fim da tarde de ontem, os �nibus come�aram a ser parados nas esta��es ou recolhidos para as garagens. Revoltados, passageiros que aguardavam transporte na Esta��o da Lapa, a maior da cidade, quebraram vidros e esvaziaram pneus dos ve�culos que estavam estacionados no local.
A prefeitura informou ter disponibilizado 300 micro-�nibus para tentar reduzir o impacto da paralisa��o do sistema. O n�mero de ve�culos, por�m, � pequeno - corresponde a cerca de 10% do total de �nibus que circula na cidade.