A presidente da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), Dilma Pena, comparou nesta ter�a-feira, 27, a estiagem hist�rica do Sistema Cantareira a fen�menos naturais como terremotos e tsunamis. Em entrevista � r�dio Estad�o, ela afirmou que a popula��o de S�o Paulo tem compreendido que a crise de abastecimento na Grande S�o Paulo n�o � um problema operacional ou de investimento do governo paulista.
"Estamos vivenciando um fen�meno da natureza. N�s temos que entend�-lo. N�s temos que buscar atender a popula��o, e temos que, cada vez mais, nos preparar, tanto os prestadores de servi�os essenciais, �gua, energia, alimentos, quanto do ponto de vista da nossa concep��o de vida, nosso conceito de vida. N�s temos que, individualmente, ser cada vez mais poupadores dos recursos da natureza, e a �gua � um deles. Ent�o, o consumo racional � muito importante", completou.
Dilma repetiu que a seca do Cantareira � a mais severa dos �ltimos 84 anos, quando teve in�cio a s�rie hist�rica de medi��o. Conforme o Estado revelou no in�cio do m�s, um estudo contrato pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que estiagens cr�ticas como a registrada entre outubro de 2013 e mar�o deste ano no principal manancial paulista s� ocorre a cada 3.378 anos.
Multa
A presidente da Sabesp destacou que a companhia j� reduziu em 9 mil litros por segundo a retirada de �gua do Cantareira com o remanejamento de �gua e a economia de consumo pelo popula��o. Quanto � multa anunciada por Alckmin em abril para quem aumentar o consumo, Dilma disse que ainda n�o h� data definida para implement�-la. "N�o temos data para implantar essa tarifa de conting�ncia. N�o � nada ilegal", afirmou. A medida � questionada por �rg�os de defesa do consumidor. Segundo eles, a legisla��o prev� que a multa s� pode ser implantada em um cen�rio de racionamento.