O diretor metropolitano da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), Paulo Massato, negou nesta quarta-feira, 28, que haja racionamento de �gua na Grande S�o Paulo e disse que se a crise de estiagem do Sistema Cantareira se agravar vai "distribuir �gua com canequinha" aos moradores atendidos pela concession�ria.
Ele participou nesta quarta-feira de uma audi�ncia p�blica na C�mara Municipal de S�o Paulo convocada pela Comiss�o de Pol�tica Urbana, j� que a Sabesp tem h� quase quatro anos contrato com a Prefeitura de S�o Paulo para operar o servi�o de �gua e esgoto na capital. Segundo Massato, a crise � decorr�ncia de um fen�meno global que atingiu outros pa�ses, como Austr�lia, Chile e Estados Unidos - al�m da regi�o Sudeste do Brasil.
"Caso esse fen�meno continue, n�o tenho d�vida de que a crise ser� muito mais s�ria. N�o tenho d�vida de que n�s n�o teremos produ��o agr�cola e energia el�trica no pr�ximo ano", disse Massato. "Eu diria que se acontecer esse cen�rio n�s n�o teremos nem energia para tratar e elevar essa �gua. A energia vai acabar antes da �gua, se esse cen�rio persistir", completou.
Os vereadores haviam convidado a presidente da Sabesp, Dilma Pena, para explicar a redu��o da press�o da �gua na rede de distribui��o da empresa no per�odo noturno. A pr�tica foi revelada pelo Estado em abril a partir de um documento da Prefeitura de S�o Paulo que classificou a medida como "racionamento noturno". Massato, que representou Dilma na audi�ncia, negou. "Rod�zio � quando n�o tem �gua na tubula��o", disse.
Para o vereador Jos� Police Neto (PSD), a Sabesp deveria dar mais transpar�ncia de suas a��es � popula��o, j� que medidas como a redu��o de press�o e a revers�o de �gua dos sistemas Guarapiranga e Alto Tiet� para bairros da capital antes atendidos pelo Cantareira tem causado corte no fornecimento de �gua.
"A quest�o n�o � o quanto tem se debatido, o quanto tem se estudado e o quanto n�o se quer restringir o consumo por medida de for�a. Mas a informa��o. � princ�pio b�sico prestar informa��o ao cidad�o. No caso aqui, n�o � nem princ�pio, � cl�usula contratual que pode ter sido violada. A�, erra a Sabesp ao n�o informar e erra o munic�pio ao n�o fiscalizar o que � essencial", disse Police Neto.