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Estado de Minas

Organiza��es n�o governamentais discutem crise do Sistema Cantareira

Em carta entregue ao governador Alckmin e presidente Dilma, ONGs querem maior transpar�ncia e participa��o nas estrat�gias futuras do sistema de �guas que est� sofrendo com a seca


postado em 03/06/2014 18:09

Reservatório Jaguari, do sistema Cantareira, praticamente seco(foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Reservat�rio Jaguari, do sistema Cantareira, praticamente seco (foto: Paulo Whitaker/Reuters)

A Rede Nossa S�o Paulo, o Programa Cidades Sustent�veis, o Instituto Ethos e o Instituto Socioambiental (ISA) divulgaram nesta ter�a-feira (3) um manifesto pedindo maior transpar�ncia na discuss�o sobre o abastecimento de �gua da capital paulista e regi�o metropolitana de S�o Paulo. O documento foi divulgado durante um debate sobre a crise do Sistema Cantareira, que abordou os desafios e poss�veis solu��es para o problema do baivo n�vel de �gua nos reservat�rios.

No texto, o grupo reivindica transpar�ncia total nos dados relativos � gera��o el�trica, com detalhamento de fontes e medidas que ser�o adotadas para manuten��o do abastecimento, de forma que a sociedade fique informada sobre a real condi��o do sistema. Pede ainda a cria��o de uma comiss�o formada por representantes da academia, das empresas, da sociedade civil e de secretarias de governo.

A ideia � que o colegiado discuta estrategicamente o futuro da matriz energ�tica brasileira e a contribui��o de diversos setores para seu desempenho, al�m de debater a��es de curto, m�dio e longo prazo para evitar situa��es semelhantes no futuro. A carta ser� entregue ao governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, e � presidenta Dilma Rousseff.

O coordenador executivo da Rede Nossa S�o Paulo e do Programa Cidades Sustent�veis, Maur�cio Broinizi, disse que o debate pretende mostrar que o Sudeste n�o pode depender exclusivamente das chuvas para abastecer os reservat�rios de �gua que servem a regi�o. “N�s precisamos proteger esses recursos naturais e a produ��o da �gua. Precisamos urgente de um programa de prote��o �s nascentes, de recupera��o das matas ciliares e ao mesmo tempo, na cidade, de inverter a cultura do desperd�cio”.

O promotor de Justi�a do Grupo de Atua��o Especial e Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do Minist�rio P�blico, Rodrigo Sanches Garcia, explicou que o �rg�o vem acompanhando a renova��o da outorga do Sistema Cantareira, feita h� dez anos e com vencimento previsto para agosto deste ano. “Desde junho do ano passado acompanhamos as negocia��es de renova��o. De dezembro para c� come�aram a ser divulgadas as informa��es de que o balan�o h�drico est� muito baixo e que isso poderia levar a uma crise do sistema”.

Sanches informou que o Gaema fez, em fevereiro, uma recomenda��o para que o volume de �gua extra�do fosse diminu�do, o que n�o foi atendido e levou � piora da crise. “Em mar�o, houve uma redu��o, mas ainda n�o suficiente. O que questionamos � por que n�o houve uma redu��o l� atr�s quando poderia preservar o sistema por mais tempo. Era poss�vel fazer uma redu��o em janeiro”, avaliou.

O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrah�o, disse que as pessoas t�m se preocupado com a possibilidade de falta de �gua durante a Copa do Mundo que come�a daqui a poucos dias, mas que o problema principal pode n�o ocorrer no pr�ximo m�s, mas daqui a pelo menos quatro meses quando o Mundial j� tiver terminado. “Nossa preocupa��o � com nossa popula��o, com nossa situa��o nas cidades, no Sudeste. Por que o governo n�o usa seu poder de convoca��o, de di�logo para discutir, conscientizar? As transforma��es vem da�. E esse problema n�o � desse ano, isso poderia ter sido enfrentado de outra maneira”.

A colaboradora do ISA, Mar�ssia Whately, classificou a crise do Sistema Cantareira como a pior do sistema e da regi�o e destacou que o problema � resultado de um ver�o mais seco este ano, mas com influ�ncia de outros ver�es menos chuvosos. “Apesar disso, continuamos tirando a mesma quantidade de �gua. Outro aspecto que tamb�m piora a intensidade da crise � o fato de o Sistema Cantareira ter suas condi��es naturais muito comprometidas, com 70% da sua �rea desmatada. Al�m disso, as �reas de preserva��o permanente n�o est�o mais com vegeta��o, coisas que s�o fundamentais para o ciclo de produ��o de �gua."


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