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Estado de Minas

Pai que tirou filho de protesto na rua de SP ganha apoio nas redes sociais

O pai tirou a camiseta do rosto do filho, dizendo: "Voc� n�o � criado para isso. Eu trabalho para te sustentar, n�o � para voc� esconder a cara"


postado em 14/06/2014 06:42 / atualizado em 14/06/2014 17:34

Ativista Elisa Quadros, a Sininho, foi indiciada pela participação nas manifestações violentas em junho de 2013 (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Ativista Elisa Quadros, a Sininho, foi indiciada pela participa��o nas manifesta��es violentas em junho de 2013 (foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)

S�o Paulo
– A atitude do pai que tirou o filho de um protesto contra a Copa do Mundo, na manh� de quinta-feira, no Centro de S�o Paulo, quando afirmou que ele teria direitos quando trabalhasse, teve grande repercuss�o nas redes sociais, ontem. “Voc� vai ter o seu direito quando trabalhar e ganhar seu dinheiro”, dizia o homem (n�o identificado) ao abordar o filho mascarado. O jovem, chamado de Renan, de 16 anos, respondia afirmando que queria “estudo”. “Deixa eu protestar. Eu quero estudo”. “N�o me interessa. Voc� j� tem. Eu pago sua escola”, dizia o pai. A m�e acompanhou os fatos emocionada, ao lado. O homem puxou o garoto quando os manifestantes come�aram a hostilizar. Os tr�s sa�ram do local do protesto a p�.

O pai tirou a camiseta do rosto do filho, dizendo: “Voc� n�o � criado para isso. Eu trabalho para te sustentar, n�o � para voc� esconder a cara”. E o filho respondia: “Eu quero escola, eu quero sa�de. Deixa eu protestar. Minha av� quase morreu num hospital p�blico. Voc� acha certo isso? Pelo amor de Deus, deixa eu correr atr�s. Tanta gente morrendo. Deixa eu fazer a minha parte, ajudar um pouco. Eu sei que eu tenho 16 anos. Eu n�o vou me machucar, relaxa”. E o pai insistia: “Eu pago a sua escola. Eu e sua m�e trabalhamos para te sustentar. Vamos para casa, por favor, Renan. Voc� n�o vai mudar o mundo. Meu filho, voc� tem 16 anos, n�o � a hora agora. Eu te amo, cara. Voc� � meu filho. Eu estou pedindo demais? Renan, um passo de cada vez”. No fim, o adolescente foi convencido a ir para casa.

A discuss�o entre pai e filho foi um dos principais assuntos entre moradores e comerciantes do Tatuap� na manh� de ontem, ao lado do rastro de destrui��o deixado pelo protesto do dia anterior. Em uma padaria, cadeiras de pl�stico foram queimadas. Funcion�rios de um posto de gasolina disseram que manifestantes roubaram gal�es de �leo usado para atear fogo em barricadas. Enquanto tentavam descobrir quem era o pai que tirou o filho do protesto, vizinhos parabenizavam a atitude: “Pelo menos esse senhor foi atr�s do filho. Quantos outros pais sabem que os filhos est�o no meio da confus�o e os deixam l�. Acho que n�o tem problema protestar, desde que n�o fa�a besteira, n�o quebre nada”, disse o aposentado Raimundo Siqueira, de 71 anos.

Sininho indiciada


Elisa de Quadros Sanzi, ativista e produtora de cinema, conhecida como Sininho, est� indiciada no inqu�rito da Delegacia de Repress�o aos Crimes de Inform�tica (DRCI) que apura responsabilidades por atos violentos em protestos no Rio de Janeiro, iniciados em junho do ano passado. A informa��o � do advogado de defesa de Sininho, Marino D' Icarahy. A investiga��o est� sob sigilo, segundo a Pol�cia Civil. A ativista compareceu, na manh� de ontem, � delegacia na Cidade da Pol�cia, no Jacar�, sub�rbio da cidade. No entanto, de acordo com a defesa, ela se recusou a prestar depoimento, por desconhecer as acusa��es. “Ela n�o pode fazer isso sem sabermos os detalhes da acusa��o. Eu vou pedir vista dos autos no inqu�rito na 27ª Vara Criminal para entender melhor o caso”, explicou Marino D' Icarahy. Segundo ele, brevemente a ativista vai se pronunciar publicamente sobre o caso.


Esta � a segunda vez que Sininho vai � delegacia para falar sobre atos violentos ocorridos em manifesta��es. Ela esteve ali na quarta-feira depois que seu computador foi apreendido durante uma opera��o que teve como alvos pessoas ligadas a black blocs, segundo a pol�cia. Ela n�o foi ouvida no dia 11 porque estava arrolada como testemunha na audi�ncia de instru��o do processo que apura a den�ncia contra dois policiais militares que teriam forjado um flagrante contra um jovem em uma manifesta��o no Centro do Rio, em 2013.


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