Cerca de 300 manifestantes - principalmente moradores da favela Chap�u Mangueira, no Leme, zona sul do Rio - fizeram um protesto na orla de Copacabana na tarde desta segunda-feira, 23, antes do jogo entre Brasil e Camar�es. � frente do grupo, jovens carregavam uma grande faixa com a frase: "A festa nos est�dios n�o vale as l�grimas nas favelas".
A Pol�cia Militar, as remo��es e as Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPP) foram os principais alvos dos participantes do ato. Policiais formavam barreiras nas laterais dos manifestantes e turistas usavam Iphones e Ipads para fotograf�-los.
"N�o somos contra a Copa. N�s somos contra o exterm�nio de nossos filhos na favela. N�o existe pacifica��o armada. Nossos direitos foram violados. Perdemos o direito de ir e vir. A UPP � uma farsa. E violento � o Estado, n�o somos n�s. Chega de chacina, pol�cia assassina!", gritava em um megafone Deize Carvalho, de 43 anos, moradora do Pav�o-Pav�ozinho, que segurava cartaz com nome do filho, morto em 2008.
"Sem hipocrisia, essa pol�cia mata pobre todo dia", "A verdade � dura, a UPP tamb�m � ditadura" e "N�o acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Pol�cia Militar" foram algumas das frases mais gritadas durante o percurso.
O grupo saiu do Chap�u Mangueira �s 13h30 e chegou ao Pav�o-Pav�ozinho tr�s horas depois, pouco antes do jogo do Brasil. Manifestantes anti-Copa, que programavam passeata para a tarde desta segunda-feira, com concentra��o na esta��o de metr� Cardeal Arcoverde, se juntaram ao ato, que foi pac�fico.
O grupo se dispersou com o in�cio do jogo, ap�s manifesta��o na Ladeira Saint Roman, um dos acessos ao Pav�o-Pav�ozinho, favela que tem uma UPP. Perto dali, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, um manifestante foi detido por PMs e levado em um cambur�o sob acusa��o de "resist�ncia e desacato".
Segundo a PM, a manifesta��o reuniu cerca de 200 pessoas. Manifestantes falavam em 400.