
Advogados que acompanharam o depoimento dos dois manifestantes presos em flagrante por associa��o criminosa em um ato na Avenida Paulista na noite de segunda-feira, 23, negam que ambos sejam adeptos da t�tica black bloc.
Nesta ter�a-feira, 24, o secret�rio de Seguran�a P�blica, Fernando Grella Vieira, afirmou que o professor Rafael Marques Luvarghi, de 29 anos, e o t�cnico laboratorial F�bio Hideki Harano, de 26, foram os dois primeiros black blocs presos em flagrante por associa��o criminosa.
Segundo a advogada ativista Tatiana Tib�rio Luz, o professor participava do seu terceiro ato e "n�o estava mascarado". "Ele estava andando com um colega polon�s quando tr�s homens n�o fardados come�aram a bater nele", disse ela. Depois, os policiais teriam feito um cord�o de isolamento e um agente � paisana atirou, sem que tivesse sido agredido. Com o professor, foram encontrados apenas um celular e um Ipod, de acordo com a advogada.
A vers�o do advogado que acompanhou o t�cnico F�bio Hideki Harano, que trabalha na Universidade de S�o Paulo, tamb�m � outra. De acordo com Luis Rodrigues da Silva, que assistiu o suspeito apenas durante o interrogat�rio, o seu cliente n�o fazia nenhum ato de vandalismo nem incitava que outras pessoas o fizessem. "Ele nunca se envolveu em qualquer ato de viol�ncia. Ele foi escolhido pois ele estava sempre participando dos atos".
Silva tamb�m contesta o suposto artefato que os policiais teriam encontrado. "N�o foi feita uma revista na frente dos demais no Metr�. Aquilo foi plantado".
Os pedidos de liberdade para os presos agora dever�o ser feitos pela Defensoria P�blica do Estado de S�o Paulo.