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Estado de Minas

Fifa: aus�ncia de negros em cargos administrativos � reflexo da realidade

Para jogadores e dirigentes, falta de negros no comando n�o � s� comum na alta c�pula, mas tamb�m na base do futebol


postado em 03/07/2014 18:15

Presidente da Fifa Joseph Blatter e a taça da Copa. Na Fifa, jogadores negros sempre, dirigentes negros nem tanto(foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
Presidente da Fifa Joseph Blatter e a ta�a da Copa. Na Fifa, jogadores negros sempre, dirigentes negros nem tanto (foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

O vice-presidente da Federa��o Internacional de Futebol (Fifa), Jeffrey Webb, disse nesta quinta-feira (3) que h� uma aus�ncia de negros em cargos administrativos no futebol em v�rias partes do mundo. “Essa � a percep��o sobre uma realidade infeliz”, disse, ao avaliar que os negros tamb�m est�o sub-representados em outras �reas. Segundo Webb, que tamb�m � diretor da For�a-Tarefa Antirracismo da Fifa, o futebol n�o abra�ou a diversidade e a integra��o em cargos de mais prest�gio, como o de treinador.

“H� um reflexo em campo dessa falta de diversidade. A mesma coisa acontece nas empresas, nos clubes e nas associa��es”, avaliou Webb, em entrevista sobre racismo no futebol.

Ao assumir o cargo na for�a-tarefa, em 2013, o vice-presidente da Fifa se prop�s a compreender as oportunidades para as pessoas pretas e pardas no futebol, uma vez que � grande o n�mero de jogadores negros. “O Cafu [ex-jogador brasileiro] disse que isso n�o existe no Brasil. Em alguns lugares do mundo estamos avan�ando, em outros, n�o”, disse.

Na avalia��o do capit�o do Brasil no pentacampeonato, a presen�a de apenas dois t�cnicos negros na primeira divis�o do Campeonato Brasileiro � “coincid�ncia”. Ele acredita que, no pa�s do futebol, s�o muitos os negros no alto escal�o. “Isso depende muito da capacidade intelectual da pessoa e n�o da cor”, declarou. “Mas � �bvio que se forem dadas mais oportunidades para uma pessoa que n�o tem tantas condi��es, tanto direito � igualdade, ela vai se destacar”, completou.

Levantamento da R�dio Nacional aponta que dos 20 times que participam, este ano, da maior competi��o do futebol nacional, apenas dois t�m treinadores negros: o Fluminense, do Rio de Janeiro, comandado por Crist�v�o Borges, e o Chapecoense, de Santa Catarina, por Celso Rodrigues.

Auxiliar t�cnico da sele��o de Trindad e Tobago, o ex-jogador Dwight Yorke, que brilhou no Manchester United, tamb�m acredita que as oportunidades aparecem com a qualifica��o, mas v� um problema: “O fato � que h� muito jogadores que gostariam de ser t�cnicos, mas sentem que n�o ter�o oportunidade para tal”, declarou, ao participar da entrevista. Na avalia��o dele, com a��es de combate ao racismo, a Fifa tamb�m deve atacar o problema.

“Esperamos que com novos regulamentos haja igualdade de oportunidades. Isso [a aus�ncia de negros entre os treinadores] � algo que devemos corrigir”, completou.


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