O racionamento de �gua na regi�o metropolitana de S�o Paulo n�o ser� adotado neste momento, mesmo com o pedido do Minist�rio P�blico Federal (MPF), afirmou nesta quinta-feira, 31, Edson Pinzan, diretor de Tecnologia e Empreendimentos da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp). Segundo explicou, o governo estadual cuida do pedido encaminhado pelo MPF neste m�s. Pelo lado da empresa, a avalia��o � de que o rod�zio de �gua causaria problemas operacionais e n�o seria suficiente.
"A Sabesp j� fez sua manifesta��o t�cnica de que um racionamento n�o ajudaria neste momento", disse Pinzan, em entrevista a jornalistas pouco antes de entrar em uma palestra dentro do Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente. O evento teria a presen�a da presidente da Sabesp, Dilma Pena, que n�o compareceu e enviou o diretor como representante da companhia.
"S�o Paulo j� passou por um per�odo muito cruel de racionamento anos atr�s, e o que o pessoal t�cnico da Sabesp aprendeu � que o racionamento pode provocar problemas na opera��o, como aumento dos vazamentos, e tamb�m problemas na sa�de. Quando se tira o volume de �gua que est� na tubula��o, corre o risco de se ter um rompimento e causar problemas na qualidade da �gua", explicou Pinzan.
O diretor acrescentou que a companhia optou por gerir as reservas por meio de uma pol�tica de incentivo � economia de �gua, com oferta de desconto aos clientes que reduzissem o consumo. Outra alternativa tem sido a redu��o da vaz�o. Essa medida, no entanto, tem deixado bairros da periferia da cidade em alguns per�odos, como a noite e madrugada.
"Muita gente est� reclamando de que em alguns per�odos noturnos falta �gua. Mas isso acontece em muitos sistemas do mundo, em que se reduz a vaz�o � noite. A Sabesp reconhece que � um per�odo cr�tico, de falta da �gua. E a forma como a Sabesp est� lidando com isso � a mais justa", alegou Pinzan.
O diretor acrescentou que t�cnicos da companhia esperam que as chuvas se normalizem no chamado "per�odo �mido", que come�a em setembro. "Acreditamos que no per�odo �mido haver� chuva. A gente espera que pelo menos o n�vel hist�rico de chuva seja realizado. Isso vai normalizar as reservas de �gua ao longo do ano no Sistema Cantareira", completou.