(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cantareira tem o m�s mais seco desde 1930


postado em 31/10/2014 08:49 / atualizado em 31/10/2014 09:04

O m�s de outubro, que se encerra nesta sexta-feira e marca o in�cio do per�odo chuvoso, foi o mais seco em 84 anos do Sistema Cantareira, batendo o recorde de julho deste ano. Desde 1930, os rios que alimentam os reservat�rios n�o registravam uma vaz�o t�o baixa, de 4 mil litros por segundo, apenas 14,8% da m�dia hist�rica mensal - que passou a ser registrada naquela d�cada.

Entraram nos reservat�rios somente 10,7 bilh�es de litros em outubro, quando a m�dia � de 72,5 bilh�es. Em contrapartida, 60,5 bilh�es de litros deixaram as represas neste m�s para abastecer 6,5 milh�es de pessoas na Grande S�o Paulo que ainda dependem do Cantareira e mais 5,5 milh�es na regi�o de Campinas, no interior paulista. Isso significa que o d�ficit de �gua alcan�ou 49,8 bilh�es de litros, ou 5% da capacidade do sistema.

O agravamento da seca no Cantareira em outubro frustrou a expectativa dos �rg�os reguladores do manancial e da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) e antecipou o fim da primeira cota do volume morto. No in�cio, os 182,5 bilh�es de litros da reserva profunda das represas captados desde maio n�o seriam usados integralmente. Depois, projetou-se que durariam at� 21 de novembro, passando ao dia 15 do pr�ximo m�s na �ltima simula��o. Agora, a previs�o � de que se esgote em uma semana.

A Sabesp usar� uma segunda reserva, de 105 bilh�es de litros, para manter o abastecimento na Grande S�o Paulo at� mar�o de 2015 sem precisar decretar racionamento oficial. As regras de uso ainda est�o sendo discutidas pelos �rg�os reguladores dos governos federal e paulista, embora a Sabesp j� esteja captando �gua do segundo volume da Represa Atibainha, um dos reservat�rios do Cantareira, na cidade de Nazar� Paulista.

Estimativa

Para o engenheiro e professor de Hidrologia Jos� Roberto Kachel, membro do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Alto Tiet�, o balan�o de outubro p�e em xeque as proje��es usadas pela Sabesp em seu plano de conting�ncia. "� desej�vel que o planejamento de opera��o do Cantareira use as previs�es mais conservadoras. Mas o que temos visto � que as vaz�es de outubro s�o 3,8 vezes menores do que as usadas no pior cen�rio do estudo apresentado pela Sabesp", disse.

No plano da empresa, o cen�rio mais pessimista apontava que chegariam ao Cantareira 41,3 bilh�es de litros, volume igual ao da seca de 1953, a pior da hist�ria at� ent�o, mas 285% superior ao que realmente chegou �s represas. Para Kachel, se mantido o cen�rio atual, o segundo volume morto acaba no in�cio de mar�o.

A Sabesp acredita que a volta das chuvas prevista para novembro, aliada �s a��es de conting�ncia, podem elevar o n�vel do Cantareira para cerca de 40% da capacidade em abril.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)