
O professor Reginaldo Bertolo, do Instituto de Geologia, explica que o estudo inclui a simula��o, por meio de um modelo matem�tico, da extra��o de 150 mil litros de �gua por hora. “Queremos avaliar se o aqu�fero suporta essas vaz�es em longo prazo”, apontou. A an�lise baseia-se em um artigo publicado em 2004 por um grupo da Universidade Estadual Paulista (Unesp). De acordo com o trabalho, a regi�o de Piracicaba fica distante cerca de 60 quil�metros (km) em linha reta, o que diminui os custos de um transporte da �gua direta para a capital. Outra vantagem � que o desn�vel geogr�fico entre as regi�es de capta��o e consumo favorece o deslocamento.
Mesmo em fase de pr�-viabilidade t�cnica, Bertolo acredita que essa pode ser uma alternativa interessante para o abastecimento de parte da regi�o que deveria receber �gua do Cantareira. Ele destaca, no entanto, que � preciso fazer o uso sustent�vel dessa �gua para evitar novas crises. “A gente precisa ter a recarga no aqu�fero para que ele continue dando �gua. Se a gente tiver em longo prazo a certeza de que a chuva vai continuar caindo e o aqu�fero recarregado, uma vaz�o de 1 metro c�bico por segundo � uma vaz�o segura”, apontou. O Aqu�fero Guarani � a maior reserva estrat�gica de �gua doce da Am�rica Latina.
Atualmente, o aqu�fero abastece a maior parte das cidades do oeste paulista. “Observe que a crise de abastecimento de �gua est� mais cr�tica nos munic�pios do centro-leste do estado”, avaliou. Isso ocorre, segundo Bertolo, porque eles t�m maior seguran�a h�drica com a �gua oriunda dos aqu�feros Bauru e Guarani. Entre os munic�pios abastecidos dessa forma, o professor destaca Ribeir�o Preto, S�o Jos� do Rio Preto, Ara�atuba, Presidente Prudente, Mar�lia, Bauru, entre outros. Ele explica que a profundidade das �guas subterr�neas exige tecnologia complexa de engenharia, similar � utilizada para encontrar petr�leo, para cavar os po�os profundos.