
"� importante estarmos aqui depois de termos visto o �dio, o racismo e o preconceito que pontuaram o per�odo eleitoral. Estamos na praia, num bairro nobre, mas de frente para a favela do Vidigal e perto dos morros do Pav�o e do Cantagalo", disse o servidor p�blico Luiz Claudio Moreira, de 40 anos.
"Os negros e pobres est�o cada vez mais afastados da cidade, jogados nas periferias. � uma falsa democracia racial", defendeu o estudante Vitor Mariano, de 30 anos, do Comit� Popular da Copa e das Olimp�adas, que critica as remo��es que precedem as obras preparat�rias para os grandes eventos esportivos.
Sob o sol forte do meio-dia, a passeata come�ou no posto 9, em Ipanema, e seguiu em dire��o ao Leblon. Uma parte dos manifestantes era da ocupa��o Zumbi dos Palmares, do MTST, no munic�pio de S�o Gon�alo, no Grande Rio, distante cerca de 40 quil�metros, e foi em �nibus fretados. O ato foi batizado de "Leblon vai virar Palmares" e foi divulgado pelo Facebook.
Levando faixas alusivas � viol�ncia contra negros, o grupo batucou e gritou palavras de ordem contra o racismo e as desigualdades sociais. No Leblon, deixou a pista dos carros, fechada ao tr�nsito por conta do feriado, e caminhou pelas areias. Policiais militares e guardas municipais acompanharam, e n�o houve atritos.