O Minist�rio P�blico de Ribeir�o Preto (SP) anunciou abertura de inqu�rito para investigar as den�ncias de racismo, discrimina��o e viol�ncia sexual que envolvem alunos da Faculdade de Medicina de Ribeir�o Preto (FMRP) da Universidade de S�o Paulo (USP). A decis�o foi tomada atendendo a pedido de representantes de movimentos sociais que na sexta-feira, 5, estiveram na promotoria.
O resultado da investiga��o pode resultar na assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) ou at� mesmo em a��o civil p�blica por danos morais coletivos. Na USP uma comiss�o formada por tr�s professores j� vem averiguando as den�ncias desde o m�s passado. Entre os movimentos que pressionam por provid�ncias est� o "Coletivo Negro", formado dentro da pr�pria universidade.
Hino
A den�ncia de racismo partiu de alunos no m�s passado atrav�s das redes sociais. Eles se diziam indignados com o hino da bateria do curso de medicina e o assunto foi parar at� na Assembleia Legislativa de S�o Paulo. Conhecido como "Bates�o", o grito de guerra tem termos como "preta imunda", "loirinha bunduda" e "morena gostosa".
A USP de Ribeir�o Preto divulgou nota na ocasi�o lamentando a exist�ncia do hino e alegando que desconhecia a tal m�sica. Depois disso surgiu a informa��o de que dois casos de viol�ncia sexual tamb�m s�o investigados, tendo um ocorrido numa rep�blica e o outro dentro da �rea do campus. Protestos ent�o aconteceram na frente do Minist�rio P�blico e da Faculdade de Medicina por parte de manifestantes que, entre outras coisas, pedem que os alunos sejam obrigados a participarem de cursos contra a discrimina��o.