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Estado de Minas

Carta liga l�deres do PCC ao controle de lota��es nas zonas leste e sul de SP

Documento apreendido na Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau informa que o grupo aplica parte do dinheiro do crime em lota��es das cooperativas da S�o Paulo Transporte (SPTrans)


postado em 09/12/2014 08:07 / atualizado em 09/12/2014 08:18

Uma carta apreendida na Penitenci�ria 2 de Presidente Venceslau, a 611 quil�metros de S�o Paulo, � o principal ind�cio j� revelado de que a c�pula m�xima do Primeiro Comando da Capital (PCC), a fac��o que comanda o tr�fico de drogas em S�o Paulo, aplica parte do dinheiro do crime em lota��es das cooperativas da S�o Paulo Transporte (SPTrans), da Prefeitura. At� ent�o, apenas casos de membros hierarquicamente inferiores da fac��o haviam sido relacionados ao sistema municipal de transportes.

O Minist�rio P�blico Estadual (MPE) e a Pol�cia Civil t�m c�pia da documenta��o e ambas as institui��es apuram delitos em cooperativas das zonas sul e leste da capital. A gest�o Fernando Haddad (PT), que comanda a SPTrans, afirma que colabora com as autoridades sempre que solicitada. Entretanto, a administra��o estuda excluir de vez o modelo de cooperativas da concess�o do transporte p�blico da cidade.

A carta que mostra a liga��o da c�pula da fac��o com a SPTrans foi descoberta por carcereiros em maio de 2012. Ela d� a entender que Roberto Soriano, o Tiri�a, tinha um lota��o e o doou para outro membro da fac��o, Daniel Vinicius Can�nico, o Cego. Este, por sua vez, tamb�m tinha uma van, mais antiga, e recebeu ordem de vend�-la ap�s ganhar o novo ve�culo do colega. O dinheiro da venda iria para o PCC. N�o h�, na carta, refer�ncia exata sobre qual era a cooperativa em que esses lota��es operavam.

Tiri�a � um preso t�o importante para o PCC que foi destacado, segundo o Minist�rio P�blico Estadual (MPE), para negociar a paz entre a quadrilha e as fac��es cariocas Amigos dos Amigos (ADA), Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando (TC). Cego j� foi flagrado em escutas telef�nicas planejando sequestro de autoridades paulistas, tamb�m segundo investiga��es do MPE.

Ambos integram a chamada "Sintonia Fina Geral" - grupo de sete pessoas que respondem apenas a Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, l�der m�ximo da organiza��o. Segundo o MPE, a fac��o tem 7.600 integrantes e fatura cerca de R$ 120 milh�es por ano.

Despacho

A carta apreendida � um "salve" - conjunto de ordens da cadeia para a rua. Continha uma s�rie de comandos: de indica��es de indiv�duos que deveriam assumir a��es do grupo a dicas para refino de coca�na, passando por uma lista de policiais a serem mortos.

Sobre a SPTrans, depois de explicar seu plano, Tiri�a escreveu: "O parceiro (um outro colaborador da fac��o) me falou que a SP Transporte n�o aceita pegar um carro de um protocolo e colocar em outro protocolo, mas esses caras da cooperativa, meu amigo, s� v�o no acelera mesmo", referindo-se a como proceder com a transfer�ncia.

Um m�s depois de a carta ter sido descoberta, em junho de 2012, o secret�rio estadual da Administra��o Penitenci�ria, Lourival Gomes, escreveu um despacho relatando o caso - e uma s�rie de outros crimes combinados na carta - e pediu a interna��o de Tiri�a no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) de Presidente Bernardes, a 580 quil�metros da capital paulista.

"O que se questiona � como os presidi�rios, que est�o recolhidos no c�rcere h� muitos anos, conseguem adquirir �nibus? A resposta � clara. Tal � poss�vel gra�as ao tr�fico de entorpecentes e a exist�ncia de delinquentes dispostos a auxili�-los nesse com�rcio", escreveu o secret�rio, em seu despacho. Atualmente, Cego est� no RDD em Presidente Bernardes. Tiri�a foi transferido, a pedido do governo paulista, para o Departamento Penitenci�rio Nacional (Depen) e cumpre pena na Penitenci�ria Federal de Porto Velho, em Rond�nia.


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