
A medida deve afetar 24% dos clientes atendidos pela Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) que, apesar do agravamento da seca no Estado, n�o conseguiram diminuir o consumo de �gua em novembro.
Escolhido h� uma semana para assumir a Secretaria do Saneamento e Recursos H�dricos, o engenheiro civil Benedito Braga j� havia afirmado que seria preciso controlar a demanda de �gua - e n�o apenas garantir a oferta, como o Estado vinha fazendo. "Continuo com a minha perspectiva de que n�s temos de trabalhar instrumentos econ�micos (para conter a demanda por �gua)", afirmou � �poca.
Em paralelo, o governo vai ampliar a dura��o do programa de b�nus, nos moldes atuais, com descontos de at� 30%, para quem economizar �gua. Previsto para acabar no fim deste m�s, o programa, lan�ado em fevereiro pela Sabesp, ser� prorrogado at� o fim de 2015. Dados de novembro da companhia mostram que 53% dos consumidores diminu�ram em ao menos 20% o gasto com �gua e conseguiram 30% de desconto.
Crise da �gua
Ainda em janeiro, a Sabesp fez o primeiro comunicado p�blico para alertar sobre a crise do Sistema Cantareira. Na �poca, o principal manancial de S�o Paulo estava com 24% da capacidade, at� ent�o, o pior n�vel dos �ltimos dez anos.
Foi nesse m�s que a Sabesp iniciou o remanejamento de �gua dos sistemas Alto Tiet� e Guarapiranga para atenderem bairros que antes eram abastecidos pelo Cantareira. Atualmente, o Cantareira atende 6,5 milh�es de habitantes, enquanto o Alto Tiet� e o Guarapiranga, juntos, abastecem 9,4 milh�es de pessoas.
Hoje, o reservat�rio opera com apenas 6,9% da sua capacidade, mesmo com o acr�scimo de duas cotas do volume morto. A primeira, de 182,5 bilh�es de litros de �gua, passou a ser captada em maio. J� a segunda, de 105 bilh�es de litros, em outubro. Antes dessa �ltima, o Cantareira chegou a 3% da sua capacidade, o menor valor j� registrado.
O Alto Tiet� tamb�m precisou receber sua primeira cota de volume morto no �ltimo domingo, 13. Ao todo, 39,4 bilh�es de litros foram acrescentados no c�lculo da Sabesp. Sem o acr�scimo, a capacidade do manancial estaria em 4,1%, o menor j� registrado desde a sua constru��o na d�cada de 1990.