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Estado de Minas

Brasileiras fazem tr�s vezes menos mamografias do que recomenda a OMS


postado em 28/12/2014 15:14

Menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos de idade realizaram mamografia pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) em 2013, quase tr�s vezes menos do que recomenda a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), que � 70% de cobertura anual desse exame em mulheres acima com mais de 40 anos de idade, enquanto o Minist�rio da Sa�de sugere que essa cobertura comece a partir dos 50 anos.

Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia.
Das mais de 10 milh�es de mamografias esperadas pelo Instituto Nacional do C�ncer (Inca) em mulheres entre 50 e 60 anos de idade em 2013, somente 2,5 milh�es foram realizadas.

O estudo tamb�m revela que, embora haja equipamentos do SUS em n�mero satisfat�rio, a grande maioria est� no Sul e Sudeste e uma pequena parte no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Al�m disso, as capitais concentram esses mam�grafos, enquanto uma �rea imensa no interior fica descoberta.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Junior, a falta de informa��o sobre a import�ncia da mamografia n�o � o principal problema, mas sim as dist�ncias que separam muitas mulheres do local de exames.


“No estado de Goi�s, existem regi�es em que a mulher precisa andar mais de 300 quil�metros at� um mam�grafo do SUS, o que significa um dia inteiro para fazer um exame que deveria levar cerca de tr�s horas para ser conclu�do”, diz o m�dico, ao ressaltar que em geral s�o mulheres sem sintomas que acabam desistindo do exame. “Ela levaria um dia inteiro para fazer o exame, mais um dia para pegar o resultado e um terceiro para mostr�-lo na consulta m�dica. S�o tr�s dias que ela deixa de ir ao trabalho ou que precisa se organizar para algu�m cuidar dos filhos e da casa”, comenta Ruffo.

A frequ�ncia de mamografias na Regi�o Norte foi 12% e no Sul do pa�s, 31,3% Entre as unidades da Federa��o, a menor cobertura de mamografias foi no estado do Par�, 7,5% e a maior em Santa Catarina, 31,3%. O m�dico Ruffo de Freitas Junior explica que, al�m da m� distribui��o de equipamentos pelo pa�s, mesmo em lugares onde h� mam�grafos muitos s�o subutilizados.

“Boa parte dos mam�grafos que operam pelo SUS acaba ociosa. Por exemplo, aqui na Universidade Federal de Goi�s, temos um mam�grafo que funciona pelo SUS e � utilizado apenas na parte da tarde”, revela o m�dico. Segundo ele, “� preciso uma melhor gest�o para que haja t�cnicos qualificados e o aparelho possa funcionar o dia inteiro, o que geraria o dobro de mamografias que o aparelho pode e deveria fazer”, completou.

Com base no Sistema de Informa��o para o Controle do C�ncer de Mama (Sismama), o estudo rastreou a distribui��o de mam�grafos e o n�mero de exames realizados pelo SUS no ano passado e calculou o n�mero de exames esperados, considerando 58,9% da popula��o alvo, tendo em vista as recomenda��es do Instituto Nacional de C�ncer (INCA).

“Esse banco de dados do Sismama permite que os epidemiologistas usem dados oficiais para mostrar, por meio de pesquisas, essas diferen�as que existem no nosso pa�s”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia. At� o fechamento desta reportagem, o Minist�rio da Sa�de n�o havia respondido ao pedido de entrevista com um representante para falar sobre o assunto, nem �s perguntas feitas por e-mail pela Ag�ncia Brasil.


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