Em meio � pior crise h�drica dos �ltimos 84 anos em S�o Paulo, o governo decidiu criar um "gatilho" para acionar o racionamento de �gua no Estado. A pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, definir� at� o fim da semana um n�vel m�nimo de seguran�a do Sistema Cantareira.
Se na primeira semana de mar�o ele estiver abaixo do estipulado, ser� ent�o decretado o rod�zio oficial, medida que Alckmin tenta evitar. Com o mote "transpar�ncia e previsibilidade", a ideia � divulgar publicamente o �ndice para que a popula��o acompanhe o processo.
O Cantareira abastece de �gua 6,2 milh�es de pessoas na regi�o metropolitana. Apesar de o sistema ter registrado tr�s altas consecutivas nos �ltimos dias, o governo trabalha com o pior cen�rio. Mesmo se o n�vel dos reservat�rios subir e as chuvas superarem as expectativas, o rod�zio, que j� vem sendo aplicado de forma oficiosa em 40% da Grande S�o Paulo, n�o ser� totalmente descartado.
O cen�rio considerado ideal pelo governo paulista � conseguir administrar o fluxo de �gua sem que ele atinja o volume m�nimo de seguran�a at� outubro, quando recome�ar� a esta��o de chuvas. O quadro h�drico vem sendo monitorado pessoalmente pelo governador e sua equipe diariamente e debatido em reuni�es que acontecem a cada dois dias no Pal�cio dos Bandeirantes.
O governo ainda n�o bateu o martelo sobre a extens�o do rod�zio, mas a reportagem apurou que tr�s cen�rios est�o sendo discutidos. Um deles prev� o rod�zio s� no Cantareira, que abrange, principalmente, a zona norte e a regi�o central da capital. O segundo cen�rio prev� rod�zio no Cantareira e no Alto Tiet�, que inclui a zona leste, e o terceiro em toda Grande S�o Paulo, onde 20 milh�es de pessoas s�o atendidas pela Sabesp.
A abrang�ncia do rod�zio � que vai determinar a quantidade de dias em que a popula��o ficar� sem �gua. A pr�pria Sabesp cogitou um esquema de 5 por 2 (cinco dias sem �gua e dois com). Segundo o Estado apurou, a op��o mais prov�vel estudada � 4 por 2. A medida deve ser decretada at� abril, in�cio do per�odo de estiagem, mas pode ser implementada em mar�o, se a seca neste m�s no Cantareira, que � o maior sistema, repetir o cen�rio de janeiro.