
A Justi�a do Rio autorizou nesta quarta-feira que os acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade, durante protesto no centro do Rio, em fevereiro de 2014, sejam soltos e monitorados por meio eletr�nico, com uso de tornozeleiras. Caio Silva de Souza e F�bio Raposo n�o poder�o participar de manifesta��es nem ficar na rua � noite, entre outras medidas cautelares. A liberdade dos dois ativistas ser� poss�vel porque o Tribunal de Justi�a (TJ) atendeu recurso da defesa e desclassificou o crime de homic�dio triplamente qualificado. Foi mantida a acusa��o de explos�o seguida de morte, com pena que pode chegar a oito anos de pris�o. Caio e F�bio aguardar�o o julgamento em liberdade.
O recurso foi julgado nesta quarta-feira na 8ª C�mara Criminal do Rio. Dois desembargadores votaram a favor do pedido da defesa e apenas o relator votou pela manuten��o do crime de homic�dio tipicamente qualificado (motivo torpe, impossibilidade de defesa da v�tima e uso de explosivo), apontado pelo Minist�rio P�blico.
O advogado de Caio, Antonio Melchior, disse que a decis�o do TJ n�o significa impunidade. "A acusa��o de homic�dio triplamente qualificado era excessiva e at� abusiva. Eles reconhecem que um erro grave foi cometido e v�o responder por isso. Mas o que foi apurado at� agora foi explos�o seguida de morte. N�o se trata de impunidade, eles reconhecem a gravidade do fato. Eles v�o aguardar o julgamento em liberdade, cumprindo uma s�rie de medidas alternativas � pris�o", afirmou Melchior. Caio e F�bio est�o presos no Complexo de Gericin�, na zona oeste do Rio. A alvar� de soltura foi expedido na tarde de hoje.
O cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade morreu ao ser atingido na cabe�a por um roj�o quando cobria uma manifesta��o no centro do Rio, em fevereiro de 2014. A acusa��o do Minist�rio P�blico sustenta que F�bio e Caio tinham inten��o de jogar o roj�o no local onde havia pessoas aglomeradas, entre manifestantes, jornalistas e policiais. Os dois ativistas respondem a outra a��o criminal, em que s�o acusados de atos violentos em protestos de 2013. A ativista Eliza Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, tamb�m r� no processo, � considerada foragida da Justi�a.