
Em comunicado no Facebook, a turma respons�vel por organizar o evento negou car�ter preconceituoso e refer�ncia intencional � Ku Klux Klan: “Em nenhum momento houve qualquer pr�tica preconceituosa, que estimulasse o racismo, homofobia, preconceito religioso ou corroborasse ideias de qualquer seita de car�ter opressor”. Os estudantes afirmam ainda que as imagens divulgadas foram tiradas do contexto. Na declara��o, eles ressaltam que o evento anual sempre tem uma fantasia tem�tica e que a escolhida este ano foi a de “carrasco”.
Vestidos com robes e capuzes pretos, os veteranos carregavam tochas e fizeram os calouros ajoelharem para serem “batizados”. As fotos do trote foram divulgadas nesse domingo (29/3) em p�gina do Facebook dedicada a proteger v�timas e testemunhas de viol�ncia nas universidades. As imagens tamb�m estavam dispon�veis na p�gina da 48ª Turma da Faculdade de Medicina, mas foram tiradas do ar ap�s a repercuss�o do caso.
CPI
A Unesp foi uma das institui��es investigadas pela CPI das Universidades, respons�vel por apurar casos de abuso sexual e viol�ncia no ensino superior do estado de S�o Paulo. Alunos do campus de Botucatu denunciaram casos de estupro e at� uma ocasi�o em que foram obrigados a cavar buracos, enterrados e for�ados a consumir bebidas alco�licas.
Em relat�rio final aprovado em 10 de mar�o, a CPI prop�s dois projetos de lei: a proibi��o do patroc�nio de eventos estudantis por fabricantes de bebidas alco�licas e a cria��o de um cadastro de antecedentes universit�rios, documento no qual seriam registrados o comportamento dos alunos e as puni��es recebidas. O relat�rio tamb�m registra 39 recomenda��es �s institui��es de ensino e �s autoridades, como a abertura de inqu�rito de todas as den�ncias recebidas.
O texto final da comiss�o recomenda que o Minist�rio P�blico analise potenciais irregularidades e omiss�es manifestadas por reitorias da Unesp, Universidade de S�o Paulo (USP) e Universidade de Campinas (Unicamp). Ainda sugere que a Unesp sancione os alunos de medicina respons�veis por compor hinos que violam os direitos humanos.