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Estado de Minas

PM usou g�s e balas de borracha contra professores e 213 ficaram feridos no PR

Grupo protestava contra a vota��o do projeto que muda a previd�ncia da categoria


postado em 30/04/2015 09:37 / atualizado em 30/04/2015 11:49

(foto: JOKA MADRUGA/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO)
(foto: JOKA MADRUGA/FUTURA PRESS/ESTADAO CONTEUDO)

Ao menos 213 pessoas ficaram feridas ontem, segundo a prefeitura de Curitiba, ap�s confronto entre PMs e professores da rede estadual do Paran� em greve, na frente da Assembleia Legislativa do Estado. Trata-se de um dos maiores confrontos da hist�ria do Pa�s envolvendo um grupo de manifestantes e a pol�cia.

O grupo protestava contra a vota��o do projeto que autoriza o governador Beto Richa (PSDB) a usar recursos do fundo de pens�o ParanaPrevid�ncia como parte das medidas de austeridade e ajuste fiscal. O projeto foi aprovado.

O governador alegou que o confronto foi provocado por black blocs. O Estado tamb�m considera um n�mero menor de feridos: 61, incluindo 21 policiais militares. Em fevereiro, professores haviam se mobilizado contra as mudan�as no fundo de pens�o. A greve foi cancelada quando o projeto teve a tramita��o suspensa.

O clima j� era tenso na regi�o do Centro C�vico desde o in�cio da semana, com pelo menos 5 mil professores acampados. Ontem, a vota��o do projeto teve in�cio �s 15h e, uma hora depois, quando se informou que a proposta seria votada, a Pol�cia Militar entrou em confronto com os manifestantes. Houve tiros de bala de borracha e bombas de g�s lacrimog�neo.

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Cesar Vin�cius Kogut, o confronto teria tido in�cio quando um grupo tentou romper a �rea de isolamento, pulando as cercas.

Fontes ligadas � pol�cia chegaram a informar que 17 policiais foram presos por se recusar a participar do cerco. Posteriormente, o Estado negou a informa��o, mas a OAB do Paran� prometeu investigar. "Uma vez confirmada essa informa��o, tomaremos uma provid�ncia em rela��o ao comando. Existe a possibilidade de impetrar habeas corpus em favor desses soldados", afirmou Jos� Carlos Cal Garcia, presidente da Comiss�o de Direitos Humanos.

"Estava tudo calmo, quando (os PMs que faziam o cerco � Assembleia) come�aram a descer a rua, a atirar bombas e bater", disse, com os olhos vermelhos, Donizete Lopes, que vende churrasquinho no local. No CMEI Centro C�vico, crian�as passaram mal por causa das bombas. Pais foram chamados �s pressas, segundo a prefeitura, para retirar 150 crian�as.

Ver galeria . 10 Fotos Confronto entre PMs e professores deixa cerca de 150 feridos em CuritibaDaniel Castellano/Gazeta do Povo
Confronto entre PMs e professores deixa cerca de 150 feridos em Curitiba (foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo )

Jornalistas

Durante o confronto, o cinegrafista da Band Luiz Carlos de Jesus e o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) foram mordidos por um c�o pitbull de um policial. Jesus teve de passar por uma cirurgia. Al�m dele, Rafael Passos, da CATVE, foi atingido por uma bala de borracha.

Os fot�grafos Henry Milleo, da Gazeta do Povo, e Andr� Rodrigues, freelancer, tamb�m acabaram feridos. Milleo foi atingido em um dos bra�os e no abdome por estilha�os de uma bomba de efeito moral lan�ada pela PM contra os professores. Rodrigues foi atingido por balas de borracha, segundo informou o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Paran�.

A Associa��o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou a viol�ncia no ato, criticou a��es anteriores da PM paranaense e o fato de profissionais de imprensa terem ficado feridos. "A Abraji mais uma vez protesta contra o emprego de viol�ncia desmedida pela pol�cia do Paran� e cobra a��o dos governantes do estado para que isso n�o se perpetue."

O professor Davi Jos� foi atingido por tr�s balas de borracha e teve de ser atendido em um ambulat�rio improvisado no subsolo da prefeitura. Ali, equipes do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) participaram dos primeiros socorros e registraram 150 atendimentos. Al�m disso, 63 feridos foram encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Matriz e Boa Vista. De acordo com o Samu, 15 pessoas tiveram de ser hospitalizadas com ferimentos graves.

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) lamentou o epis�dio. "� trag�dia anunciada. H� 48 horas alertamos para a rea��o desproporcional por parte da Pol�cia Militar e � a hora de Assembleia e estado recuarem."

Black blocs

"Tem cenas chocantes, ningu�m pode ser hip�crita, mas os policiais precisavam se defender (dos black blocs)", disse Beto Richa. Segundo ele, adeptos da t�tica violenta se infiltraram no movimento docente e atacaram os soldados que faziam o cerco � Assembleia. Treze deles teriam sido detidos e levados para o 1º DP.

Richa ainda disse n�o haver motivo para paralisa��o de professores e v� "instrumentaliza��o" por partidos pol�ticos e CUT. "O APP-Sindicato (principal organiza��o de docentes) � um bra�o sindical do PT e quer o confronto e o desgaste pol�tico do governo, porque s�o meus advers�rios."

O tom pol�tico tamb�m foi dado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Solidarizo-me com os professores, que foram agredidos de forma violenta pela Pol�cia Militar", escreveu nas redes sociais. "� inadmiss�vel que o direito de manifesta��o seja restringido."

A dire��o do sindicato dos professores prometeu manter o acampamento na Assembleia durante a madrugada. Segundo a dire��o do movimento, houve garantias do Minist�rio P�blico de que n�o haver� a��es da PM contra a ocupa��o.

Coordenador do Conselho Nacional de Direitos Humanos, Darci Frigo disse que uma comiss�o seguir� para o estado. "Vamos denunciar o governo do estado e o secret�rio de Seguran�a (Fernando Francischini) pelo o que aconteceu aqui, uma verdadeira amea�a aos direitos humanos." O MP informou que atender� todas as pessoas feridas no conflito que queiram denunciar viol�ncia sofrida.

Vergonha!!!!H� 20 anos trabalho no Centro C�vico!J� vi de tudo por l�, desde MST at� estudantes. J� presenciei v�rios confrontos.Mas hoje foi algo que passou dos limites!Cidad�o se mata pra estudar, fazer faculdade, p�s, mestrado, doutorado e sei l� mais o que. "Insiste em ser professor" por amor ao of�cio. Submete-se a sal�rios �nfimos se comparados aos de pol�ticos corruptos. E, tirando-se os infiltrados politicamente, s�o v�timas de um governo o qual provavelmente n�o estudou, deu o suor pela sociedade ou se conscientizou sequer a metade daquilo que as v�timas de balas, bombas e �gua gelada de hoje o fizeram! Parab�ns � Prefeitura Municipal de Curitiba e, em especial, aos integrantes da Guarda Municipal que prestaram todo o apoio aos feridos no confronto!

Posted by M�rcio Fernandes on Quarta, 29 de abril de 2015


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