Lilian estava acompanhada da filha Let�cia, de 18 anos, quando entrou na loja pela manh� para comprar um material did�tico de matem�tica. "O que eles tinham na loja n�o era o que eu precisava e, por isso, estava indo embora sem levar nada."
Na sa�da da loja, Lilian foi abordada por um seguran�a que a impediu de sair. Segundo a professora, o funcion�rio pediu para que ela abrisse a bolsa para comprovar que n�o estava levando nada sem pagar. "A loja tem um sistema antifurto, que n�o disparou na hora em que n�s passamos. Mesmo assim, o seguran�a nos abordou."
Lilian conta que abriu a bolsa e o seguran�a disse que se tratava apenas de um "mal-entendido". "Fiquei t�o nervosa com a situa��o que foi s� nesse momento que me dei conta de que ele tinha me parado e abordado dessa forma porque eu sou negra e estava de bermuda. Se eu fosse loirinha, de olho claro, ele me veria como suspeita?"
O caso foi registrado como inj�ria e cal�nia no 6.º DP (Cambuci). Segundo Lilian, o delegado n�o viu ind�cios para registrar o caso como sendo um crime racial. "Pensei em n�o denunciar, mas estou cansada de ouvir que n�o existe racismo no Brasil." Ela tamb�m registrou uma reclama��o na ouvidoria da loja.
Em nota, a Kalunga lamentou o caso e informou que repudia toda forma de desrespeito ou preconceito. A empresa informou que treina seus funcion�rios e os orienta para que sua conduta seja "sempre a mais correta e respeitosa". "Infelizmente, ao que tudo indica, algo falhou no processo", diz a nota. As informa��es s�o do jornal