Cada sepultura, capaz de comportar pessoas com at� 500 quilos, mede 2,60 metros de comprimento, 1,50 metro de largura e 60 cent�metros de altura
postado em 28/05/2015 09:07 / atualizado em 28/05/2015 10:41
Segundo a dire��o do cemit�rio, a decis�o de construir jazigos especiais foi tomada ap�s an�lise de dados do Minist�rio da Sa�de (foto: Cemit�rio da Penit�ncia/Divulga��o)
Ao constatar que o n�mero de obesos no Rio e no Brasil � cada vez maior, a dire��o do Cemit�rio da Penit�ncia, no Caju, Zona Norte do Rio, decidiu explorar um novo segmento do mercado funer�rio: passou a oferecer jazigos mais espa�osos, capazes de comportar pessoas com at� 500 quilos.
Cada sepultura do tipo mede 2,60 metros de comprimento, 1,50 metro de largura e 60 cent�metros de altura. Uma unidade tradicional tem 2,20 metros de comprimento, 80 cent�metros de largura e 50 cent�metros de altura. O jazigo especial tem 2,27 metros quadrados a mais que o tradicional e, caso seja necess�rio, pode receber urnas com at� 1,20 metro de altura. Sem essa op��o, pessoas obesas geralmente eram enterradas em covas rasas (cavadas diretamente no solo). S� em casos espec�ficos a sepultura sofria adapta��o.
Segundo o gerente do cemit�rio, Alberto Brenner J�nior, a decis�o de construir jazigos especiais foi tomada ap�s an�lise de estat�sticas do Minist�rio da Sa�de, segundo as quais o n�mero de obesos no pa�s aumentou 50% nos �ltimos anos. O n�mero de pessoas com sobrepeso, est�gio anterior � obesidade, cresceu 23%. "O Brasil est� se tornando um pa�s de obesos. N�o podemos fechar os olhos para essa necessidade", argumentou Brenner J�nior.
Situadas em �rea nobre, perto da entrada, as sepulturas para obesos ocupam o espa�o de dois jazigos tradicionais. O cemit�rio est� capacitado para realizar at� dois enterros simult�neos de obesos. No oss�rio, cabem 12 urnas. Revestida em granito, cada sepultura custa R$ 74,9 mil, que podem ser parcelados em at� 18 vezes - um jazigo tradicional na mesma �rea do cemit�rio custa R$ 54,9 mil. As primeiras seis unidades foram colocadas � venda h� um m�s. Por enquanto, ningu�m comprou. "Mas v�rias fam�lias se interessaram", disse Brenner J�nior.
Exemplo
O gerente conta tamb�m que � comum haver dificuldades na hora do enterro, em fun��o da obesidade do morto. "No �ltimo fim de semana vivenciamos isso: o filho velava a m�e em outro cemit�rio. O corpo estava em urna especial, com 98 cent�metros de largura e 53 cent�metros de altura. No tal cemit�rio n�o havia unidades com medidas especiais e o enterro teria de ser feito em cova rasa. Mas o filho prometera � m�e que n�o a sepultaria nesse tipo de cova. Ele nos procurou e fizemos um acordo: vendemos uma unidade tradicional e arrendamos uma com medidas especiais, onde a mulher foi sepultada", afirmou o gerente.
"Daqui a tr�s anos o corpo ser� removido para a unidade tradicional", explicou. "A fam�lia ficou muito agradecida, pois conseguiu realizar um sepultamento digno", acrescentou Brenner J�nior.