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Estado de Minas

Menina atingida por pedra diz que Oxal� � quem deve perdoar agressores

Kayllane Campos, 11 anos, diz que ap�s a agress�o tem mais certeza de sua religi�o


postado em 21/06/2015 16:41

Kayllane Campos, 11 anos, levou uma pedrada na testa ao caminhar pela rua com trajes de candomblé(foto: Reprodução Internet / https://www.change.org)
Kayllane Campos, 11 anos, levou uma pedrada na testa ao caminhar pela rua com trajes de candombl� (foto: Reprodu��o Internet / https://www.change.org)
A menina Kayllane Campos, 11 anos, atingida na testa por uma pedra no �ltimo dia 14 de junho ao sair de um culto do candombl�, participou neste domingo (21/06) de ato contra a intoler�ncia religiosa, na Vila da Penha, bairro da zona norte da cidade. Ela disse ter ficado muito agradecida pelas diversas manifesta��es de solidariedade e pediu que seus agressores parem com atitudes preconceituosas.

Acompanhada da m�e Karina Coelho e da av� K�tia Marinho, conhecida no candombl� como m�e K�tia de Lufan, a menina disse que n�o � ela quem precisa perdoar os agressores. “Quem tem que perdoar n�o sou eu, � o meu pai Oxal�.” A menina disse que, depois do epis�dio, tem mais certeza de sua religi�o.

A fam�lia de Kayllane lan�ou um abaixo-assinado, no �ltimo dia 19, na plataforma Change.org, na internet, pela defesa da liberdade religiosa. A meninda espera chegar a um n�mero suficiente de assinaturas para garantir a organiza��o de uma campanha nacional sobre o tema.

Diante da ades�o de m�ltiplos credos � manifesta��o, a av� da menina, K�tia Marinho, disse que a agress�o sofrida pela neta veio “provar que todos n�s somos irm�os, cada um na sua f�". "Eu respeito a [religi�o] de todo mundo e exijo respeito � minha”, destacou.

O exemplo de respeito a religi�es � dado pela pr�pria fam�lia de Kayllane, cuja m�e abandonou o candombl�, onde foi criada, e se converteu � igreja evang�lica h� um ano. “O av� dela � cat�lico”, lembrou K�tia. “Voc� tem a op��o de escolher o que quer seguir, o que quer ser”, disse.

Para K�tia, a manifesta��o deixou claro para a sociedade que a intoler�ncia n�o � s� contra o candomblecista e o umbandista. “Claro que n�s somos o alvo principal, mas todo mundo sofre: o evang�lico sofre, o budista sofre. Acho que antes de voc� levantar uma bandeira e falar que cr� em alguma coisa, tem que ter amor no cora��o e ver o seu pr�ximo como seu irm�o”.

A m�e de Kayllane, Karina Coelho, destacou que a conviv�ncia dentro da fam�lia � �tima, apesar da diversidade de religi�es. Ela preferiu n�o fazer coment�rios sobre quem pratica esse tipo de ato contra qualquer religioso. “N�o acho que seja de Deus apontar. Deus n�o apontou ningu�m. A gente n�o tem que apontar ningu�m, temos que amar um ao outro igual.”

A exemplo da filha, Karina assegurou que quem tem que perdoar os agressores � Deus. “N�o tenho raiva, n�o tenho �dio. Eles t�m que pagar como humanos, mas quem perdoa � Deus. Deus acima de tudo e de todos”, destacou.


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