Congresso cobra esclarecimentos sobre contamina��o de ur�nio na Bahia

 A den�ncia de contamina��o de �gua por ur�nio na zona rural do munic�pio de Lagoa Real, na Bahia, causou rea��es no Congresso. No Senado, o vice-presidente da Comiss�o de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscaliza��o e Controle (CMA), Ata�des Oliveira (PSDB- TO), apresentou requerimento para ouvir o presidente da estatal federal Ind�strias Nucleares do Brasil (INB), Aquilino Senra.

Na C�mara, o deputado Sarney Filho (PV-MA), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, vai apresentar nesta ter�a-feira, 25, requerimento para ouvir representantes de INB, Ibama, governo da Bahia e Comiss�o Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

Paralelamente, o deputado encaminhou of�cio ao governo da Bahia sobre provid�ncias para garantir que n�o falte �gua � popula��o, por causa do bloqueio preventivo de po�os na zona rural de Lagoa Real, para assegurar a sa�de da popula��o.

"� fundamental que o presidente da estatal INB - Ind�strias Nucleares Brasileiras, que explora ur�nio naquela �rea, compare�a a esta Comiss�o de Meio Ambiente para esclarecer os grav�ssimos fatos", declarou o senador Ata�des Oliveira.

O deputado Sarney Filho disse que seu pedido ser� feito em car�ter de urg�ncia. "N�o podemos, em pleno s�culo 21, ter incidentes desta natureza. Isso requer uma a��o imediata dos �rg�os envolvidos. Estamos muito preocupados com as consequ�ncias dessa exposi��o, por isso a necessidade de todos os esclarecimentos", comentou. A expectativa � de que a audi�ncia p�blica na C�mara seja marcada para os pr�ximos dias.

A den�ncia sobre contamina��o no po�o de um s�tio em Lagoa Real foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no �ltimo s�bado. A INB, que explora ur�nio em Caetit�, munic�pio vizinho de Lagoa Real, identificou �ndice de ur�nio no po�o mais de quatro vezes acima do limite toler�vel para consumo humano.

A informa��o, no entanto, n�o foi repassada para o Minist�rio do Meio Ambiente, Ibama ou para o governo da Bahia. Apenas a prefeitura de Lagoa Real recebeu os resultados de dois boletins de an�lise da �gua, referentes a inspe��es feitas em outubro do ano passado e em mar�o deste ano. Os boletins s� foram entregues em maio � prefeitura, que imediatamente emitiu comunicado para lacrar o po�o.

A INB alega que o reservat�rio est� fora de sua �rea de responsabilidade, a 20 km de sua mina, e que por isso n�o teria responsabilidade sobre o problema. A empresa informa ainda que se trata de uma contamina��o natural da �gua, por causa do volume de ur�nio que h� no solo, e n�o de consequ�ncias de suas atividades de minera��o.