
"Fiquei muito nervosa porque desde pequena eu convivi (com o pedreiro), fiquei surpresa quando vi ele de longe indo em dire��o � mulher. Foi uma atitude forte", disse a estudante de Direito Ione Gabriela Reis, de 19 anos, sobrinha de Lima. Ela afirmou que admirou a escolha que o tio fez em intervir de forma "corajosa" na a��o.
De acordo com ela, o tio vivia na rua h� dez anos, desde que se separou da mulher. O morador de rua passava as noites em um albergue na regi�o central, fazia liga��es peri�dicas de telefones p�blicos e carregava uma bolsa com os equipamentos que usava nos bicos de pedreiro e eletricista.
Lima tinha quatro filhos - um deles falecido - que viam o pai em longos intervalos de tempo. A filha mais velha, a desempregada Juliana Aparecida Pereira de Lima, de 32 anos, contou que n�o se encontrava com ele h� mais de dois anos.
Ela ficou sabendo da morte do pai pelo celular. "Eu tomei um susto quando comecei a receber os v�deos e as fotos por WhatsApp. Reconheci ele na hora."
A primog�nita afirmou ainda que o pai teve problemas com bebida e com a Justi�a no passado, mas as �ltimas not�cias davam conta que ele "estava tranquilo". Ela n�o soube explicar a passagem por homic�dio que o pai tinha. "N�o sei o motivo dele ter ficado preso. Mas ele bebia, se envolveu em alguns 'rolos' no passado, s� que isso j� faz tempo." At� o in�cio da tarde deste s�bado, 5, a fam�lia n�o tinha conseguido fazer a libera��o do corpo para sepultamento no Cemit�rio Municipal de Perus, na zona norte de S�o Paulo.