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Estado de Minas

Pa�s tem alta de dengue antes do ver�o e 2015 acumula 1,58 milh�o de casos

Aumento foi identificado em todas as regi�es do pa�s. Riscos para as outras doen�as transmitidas pelo vetor, zika e chikungunya, tamb�m s�o altos


postado em 05/01/2016 14:44 / atualizado em 05/01/2016 14:56

(foto: Venilton Kuchler/ANPr/Fotos Públicas)
(foto: Venilton Kuchler/ANPr/Fotos P�blicas)

Ap�s registrar queda significativa em agosto, o n�mero de casos de dengue voltou a subir. O aumento foi identificado em todas as regi�es do pa�s e aponta tamb�m para o crescimento da popula��o de Aedes aegypti em todo o territ�rio nacional - um indicativo de que os riscos para as outras doen�as transmitidas pelo vetor, zika e chikungunya, tamb�m s�o altos. At� a primeira semana de dezembro, haviam sido notificadas 1.587.080 infec��es por dengue 123.304 a mais do que o verificado at� a �ltima semana de setembro. Em Minas, o n�mero de casos de dengue foi segundo maior registrado dos �ltimos quatro anos no estado.

"Todos os anos, o Pa�s registra aumento de casos no per�odo das chuvas, no ver�o. Mas, em 2015, o fen�meno aconteceu de forma antecipada", afirma Jo�o Bosco Siqueira J�nior, professor do Departamento de Sa�de Coletiva da Universidade Federal de Goi�s (UFG). A tend�ncia de eleva��o acontece a partir de dezembro e janeiro. Em 2015, o aumento come�ou em outubro e novembro.

Segundo o Boletim Epidemiol�gico do Minist�rio da Sa�de, o maior avan�o da epidemia foi registrado no Centro-Oeste, onde a incid�ncia dobrou entre outubro e novembro e saltou de 21 para 45 casos por 100 mil habitantes. No Sudeste, o comportamento foi semelhante: passou de 10,7 para 19,2 por 100 mil habitantes. No Nordeste, o aumento foi menos expressivo, de 18,6 para 23,8, mas a marca p�e a regi�o na segunda posi��o de incid�ncia de dengue.

As mortes tamb�m n�o deram tr�gua. Mais cem casos foram contabilizados entre a �ltima semana de setembro e a primeira de dezembro. Pelos dados reunidos at� agora, 2015 teve pelo menos 839 �bitos provocados pela doen�a, o maior n�mero registrado na hist�ria desde que o v�rus, transmitido pelo Aedes aegypti, voltou ao Pa�s, em 1982. Em 2013, que apresenta a segunda maior marca, foram 674 mortes.

Recorr�ncia

A antecipa��o de casos de dengue, embora rara, n�o � in�dita. Nos ver�es de 2001-2002 e 2009-2010, o aumento precoce do n�mero de casos tamb�m foi registrado. "Foram anos em que a epidemia de dengue foi mais intensa", diz Siqueira J�nior.

Para o professor, o fato de a alta de casos j� estar em curso n�o significa, por si s�, que a epidemia ser� mais grave. "Havia uma esperan�a de que 2016, depois do aumento t�o expressivo de 2015, tivesse um comportamento melhor. Mas, em dengue, n�o h� previs�es. Voc� sempre pode ter risco de epidemia no Pa�s, porque h� sempre uma parcela da popula��o suscet�vel." H� uma combina��o de fatores que definem problema: o clima, a popula��o de mosquitos e popula��o suscet�vel ao v�rus circulante no ano.

Para Siqueira J�nior, no entanto, os n�meros t�m de ser analisados de uma nova forma neste ano. Embora isolados j� sejam bastante preocupantes - uma vez que a dengue pode levar � morte -, os dados indicam haver uma popula��o expressiva do mosquito, vetor tamb�m da chikungunya e do zika, v�rus apontado como a causa do crescimento do n�mero de microcefalia no Pa�s em 2015.

A estat�stica d� mostra do risco de a popula��o enfrentar agora uma tr�plice epidemia: dengue, chikungunya e zika. "(O Boletim Epidemiol�gico) � um refor�o para a necessidade de se combater o mosquito", diz o professor. Siqueira J�nior observa que a epidemia, al�m dos riscos � popula��o, sobrecarrega os sistemas de sa�de. (Com Ag�ncia Estado)

Ele avalia tamb�m que as estat�sticas brasileiras s�o transparentes e feitas de forma a retratar o alcance da dengue em toda a popula��o. "N�o s�o todos os pa�ses que adotam essa metodologia. Isso faz com que nossos n�meros sejam muito impressionantes, mas n�o significa que sejamos os �nicos."


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