
Vizinhos da Base �rea de Santa Cruz, onde a presidente Dilma Rousseff esteve neste s�bado orientando para o combate do mosquito Aedes aegypit, moradores cobraram o desentupimento de val�es e saneamento b�sico. A visita da presidente � comunidade Caminho do Zeppelin, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, fez parte do Dia Nacional de Mobiliza��o para o Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, uma das doen�as transmitidas pela picada do inseto, assim como a dengue e o chikungunya.
A zona oeste, onde fica Santa Cruz, �rea escolhida pela presidente Dilma para a campanha, � uma das regi�es com maior infesta��o do Aedes na cidade do Rio. Hoje, junto com o governador Luiz Fernando Pez�o, e o prefeito, Eduardo Paes, Dilma conversou com moradores e discutiu medidas efetivas para acabar com a prolifera��o do mosquito.
Segundo os moradores, os val�es nas ruas Prado J�nior e Novecentos e Noventa e Nove n�o canalizam a �gua para tratamento. Misturada ao esgoto e ao lixo, fica parada, transformando as valas, rodeadas de mato, em local perfeito a prolifera��o de insetos. As duas valetas foram abandonadas depois das obras, disseram. Ontem (12), �s v�speras da visita da presidente, as valas receberam uma limpeza superficial, mascarando a persist�ncia do problema, afirmaram.
“Tem dias que a gente v� uma nuvem de mosquito passar aqui nesse val�o”, destacou a moradora C�lia Gomes, de 58 anos. Morando h� anos na comunidade, ela acredita que as obras de canaliza��o, em vez de diminuir o n�mero de insetos, acabaram aumentando a quantidade. Antes, a �gua era corrente. Jogue uma pedra que voc� a nuvem."
Preocupados com casos de dengue e de Zika, a comunidade quer que a prefeitura e o governo do estado fa�am as interven��es necess�rias. “De que adianta nos pedirem para combater o mosquito dentro de casa, nos entregarem papel (informativo) se, quando a gente sai, � picada na rua, se o esgoto est� na nossa porta?” questionou Sirlea Lopes, de 63 anos.
Os moradores contam que por causa da infesta��o de mosquitos, n�o � poss�vel viver sem repelente ou inseticidas em casa. “A gente acaba gastando um dinheir�o”, reclamou C�lia.
Na casa de Lucimara Delfino, de 43 anos, durante uma r�pida passada, a presidente ouviu pedidos por melhorias. Segundo a moradora, que toma o cuidado de tirar a �gua de suas brom�lias cotidianamente, sem uma solu��o para o saneamento, � dif�cil acabar combater as doen�as. “Tem muita �gua parada aqui, na vala, ent�o...”, reclamou a moradora � presidente, que cutucou o prefeito Eduardo Paes para que resolva as queixas dos moradores do Zeppelin.
Em entrevista � imprensa no local, a presidente Dilma disse que faz investimentos em esgotamento sanit�rio, mas n�o detalhou n�meros. “N�s, incluindo eu, o governador Pez�o e o prefeito Eduardo Paes, nos �ltimos tempos, fizemos mais saneamento, entendido como esgoto tratado e abastecimento de �gua, do que na hist�ria desse pa�s aqui”, declarou.
A comunidade pr�xima a Base A�rea recebeu obras de asfaltamento e saneamento h� menos de dois anos, mas que precisam de manuten��o constante. Antes, por causa das chuvas, as casas chegavam a ser alagadas, o lixo e o esgoto voltavam para dentro das resid�ncias. A situa��o ainda n�o mudou pr�ximo ao Val�o da Prado J�nior, que n�o foi finalizado. L�, a cena se repete em dias de temporal.
A prefeitura informou que voltar� � localidade na segunda-feira (15) para verificar os problemas.
Saneamento b�sico
De acordo com a Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (Abrasco), a falta de saneamento b�sico est� diretamente relacionada a prolifera��o de doen�as. Para combater o mosquito que transmite a zika, a recomenda��o da entidade � de mais investimentos nesta �rea.
“Que as a��es de controle vetorial no ambiente seja uma atribui��o dos �rg�os de saneamento e de controle ambiental municipais, estaduais e nacional e n�o s� do SUS [Sistema �nico de Sa�de]”, orienta, em documento recente sobre fragilidades no combate � Zika.
A organiza��o condena ainda a pulveriza��o de inseticidas e a adi��o de larvicida em �gua pot�vel.