
A Ciclovia Tim Maia deveria estar presa �s vigas de apoio, e n�o apenas encaixada sobre as estruturas, afirma o engenheiro Paulo Cesar Rosman, especialista em obras costeiras e professor do Programa de P�s-Gradua��o em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). "Se estivesse engastada, aparafusada � viga, a ciclovia n�o seria suspensa pela for�a da onda. Poderia at� rachar, mas n�o seria deslocada como um todo. Se quem projetou n�o previu que as ondas poderiam atingir a ciclovia por baixo, foi uma falha de projeto."
Rosman tamb�m ressalta que h� m�todos para calcular a for�a das ondas, que consideram se o cost�o � suave ou �ngreme. "Uma plataforma que pode receber impacto de onda por baixo n�o deve ser toda fechada, mas sim em treli�a, para que a �gua passe pelos buracos. Se a ciclovia tivesse o piso em treli�a met�lica de alum�nio, toda vazada, a �gua entraria por baixo e geraria menos for�a."
Resist�ncia
O engenheiro Raul Rosas, professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio (PUC-SP), tamb�m aponta para um "arrancamento" da pista dos seus pilares. "A concep��o come�a com estudo urban�stico e arquitet�nico. Compete aos engenheiros dar a essa estrutura a solidez, a resist�ncia necess�ria e prever poss�veis a��es que v�o incidir sobre ela."
Rosas destaca ainda o aspecto geol�gico. "No entanto, esse n�o parece ter sido problema. Temos rocha de boa qualidade e a funda��o e os pilares resistiram perfeitamente. A causa ainda vai ser investigada", disse, em entrevista � GloboNews.
Segundo o engenheiro, o projeto deveria levar em conta o peso da estrutura e as cargas que a ciclovia receberia: ciclistas, vento e for�a das ondas.