Rio - Em seu perfil no Facebook, a jovem de 16 anos que foi v�tima de um estupro coletivo no �ltimo s�bado, 21, no Rio, agradeceu as mensagens de apoio. Na mensagem publicada na rede social na quinta-feira, 26, ela escreveu: "Realmente pensei serei (sic) que seria julgada mal! Mas n�o fui", diz a jovem. "N�o, n�o d�i o �tero e sim a alma por existirem pessoas cru�is sendo impunes!! Obrigada ao apoio."
At� o momento, foram identificados quatro homens suspeitos de participar do crime: Michel Brazil da Silva, de 20 anos, Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, que aparece na imagem do lado da jovem, e Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, envolvido na divulga��o das imagens da v�tima. Todos tiveram a pris�o preventiva pedida pela pol�cia.
Por meio de seu advogado, Marcelo afirmou que n�o sabia que a jovem havia sido violentada. Ele contou ter recebido a foto num grupo de WhatsApp e, em seguida, compartilhou em sua conta no Twitter, j� exclu�da da rede devido � repercuss�o.
"Ele brincou de maneira absurda. Faltou maturidade, n�o foi com inten��o de causar vexame � garota", disse o advogado Igor Luiz Carvalho. "A fam�lia est� arrasada. Ningu�m concorda com o ato dele de divulgar a foto, foi at� uma monstruosidade. Mas ele n�o sabia que era um estupro", afirmou.
Na fotografia compartilhada por Marcelo, estava um dos homens envolvidos diante do corpo da jovem, estirado de bru�os sobre a cama. Segundo o advogado, seu cliente n�o conhecia a v�tima nem os agressores. Em depoimento � pol�cia, a garota contou que foi atacada por 33 homens e s� lembrava de ter acordado no dia seguinte, "dopada e nua".
O advogado classificou o pedido de pris�o de Marcelo como "descabido" e disse que a pol�cia est� atuando "de forma midi�tica". "Ele n�o participou do estupro, nem sabia que a menina tinha sofrido viol�ncia sexual", insistiu. O advogado informou ainda que seu cliente n�o se apresentar� �s autoridades e que ele tentar� reverter o pedido de pris�o.