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Estado de Minas

"O v�deo prova o abuso sexual", diz delegada no caso do estupro coletivo

Depois que o caso teve repercuss�o internacional, a pol�cia pediu a pris�o de seis suspeitos. De acordo com a delegada, a investiga��o procura entender quantas pessoas praticaram o crime


postado em 30/05/2016 14:34 / atualizado em 30/05/2016 16:57

O laudo da per�cia n�o apontou ind�cios de viol�ncia no caso do estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro, mas a delegada Cristiana Bento, respons�vel pela investiga��o, informou que est� convicta de que a agress�o ocorreu. "Nos crimes sexuais, o exame de corpo de delito � importante, mas n�o determinante. Temos que verificar as outras provas e as imagens mostram o rapaz manipulando a menina. O v�deo prova o abuso sexual", explicou Cristiana, em entrevista � imprensa na tarde desta segunda-feira, 30.

O resultado do exame ocorreu por causa da demora da v�tima em fazer o registro na pol�cia e o exame de corpo de delito. Cristiana frisou que neste caso, a v�tima estava desacordada e, portanto, n�o teria oferecido resist�ncia, o que inviabilizaria a exist�ncia de uma les�o detect�vel no exame. "Vamos provar agora quantas pessoas praticaram o crime, se foram 10, se foram 15, mas que houve crime, houve", detalhou a delegada. Nas imagens, divulgadas pelos pr�prios agressores, um deles menciona "mais de 30" homens.

Cristiana, titular da Delegacia da Crian�a e Adolescente V�tima assumiu as investiga��es depois que o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repress�o a Crimes de Inform�tica (DRCI), foi afastado. De acordo com a ent�o advogada da v�tima, Elo�sa Samy Santiago, ele teria conduta inadequada no depoimento. Questionou, por exemplo, se a garota tinha h�bito de praticar sexo grupal. A pol�cia entrou no caso na quinta-feira e somente nesta segunda seis suspeitos foram considerados foragidos.

O chefe da Pol�cia Civil, Fernando Veloso afirmou que "n�o h� provas t�o robustas" de que o crime teria sido cometido por mais de 30 homens, mas que a pol�cia continua a buscar elementos que possam comprovar o que foi dito pela pr�pria v�tima e por um homem que aparece no v�deo divulgado na internet. A jovem disse para a pol�cia que foi atacada por 33 homens e que muitos deles estavam armados. A delegada da DCAV disse que, em casos de viol�ncia sexual, o depoimento da v�tima tem peso muito grande.

Foragidos
Est�o sendo procurados S�rgio Luiz da Silva J�nior, conhecido como Da Russa; Marcelo Miranda da Cruz Correa; Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva; Lucas Perdomo Duarte Santos; e Ra� de Souza. Da Russa � apontado como chefe do tr�fico do Morro da Bar�o, na Pra�a Seca, onde ocorreu o crime. O Disque Den�ncia oferece R$ 1 mil para quem der informa��es sobre seu paradeiro. Santos tinha um relacionamento com a v�tima.

Nesta manh�, agentes da Pol�cia Civil estiveram em favelas e bairros da regi�o � procura dos seis, sem sucesso. A a��o foi coordenada pela delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Crian�a e do Adolescente V�tima (DCAV), e pelo diretor do Departamento Geral de Pol�cia Especializada, Ronaldo de Oliveira.

Culpabiliza��o da v�tima
Em entrevista neste domingo ao Fant�stico, da TV Globo, a adolescente declarou que est� recebendo amea�as pela internet e que se sentiu desrespeitada na delegacia onde prestou dois depoimentos.

"Quando vim � delegacia, n�o me senti � vontade em nenhum momento. Acho que � por isso que as mulheres n�o fazem den�ncias", disse a adolescente. Ao explicar o que aconteceu na delegacia, a jovem afirmou: "Tentaram me incriminar, como se eu tivesse culpa por ser estuprada".

No mesmo dia, a fam�lia decidiu dispensar a advogada Elo�sa, que defendia a adolescente no caso. Ela ser� protegida pelo Programa de Prote��o a Crian�as e Adolescentes Amea�ados de Morte, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, em parceria com o governo federal.

(Com Ag�ncia Estado)


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