Por isso, classificou de confi�veis os n�meros de registros da doen�a feitos no pa�s. O ministro fez o coment�rio durante entrevista a correspondentes estrangeiros para apresentar as a��es de sa�de com vistas aos Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos.
“Estamos procurando dar a voc�s subs�dios para que possam tranquilizar as pessoas de que neste per�odo [dos Jogos], no Rio de Janeiro, o risco � baix�ssimo de algu�m ser contaminado com zika. Menos de uma pessoa em 500 mil visitantes estrangeiros, pelas proje��es da Universidade de Cambridge [no Reino Unido] e de outros tantos cientistas, est� sujeita a ser contaminada, portanto, � quase risco zero”, contou.
O ministro espera que, com as informa��es prestadas, os atletas estrangeiros se tranquilizem e venham para o Brasil. “Estamos falando de um espet�culo, de um mega evento, mas para cada atleta � a vida deles. Aquilo para o que se dedicam e aquilo no que acreditam e n�s queremos que eles venham com absoluta tranquilidade para o �pice de toda a prepara��o que fizeram durante anos”, destacou.
Reuni�o da OMS
Ricardo Barros revelou que, na ter�a-feira (14), o comit� de emerg�ncias da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) vai se reunir, por videoconfer�ncia, como ocorre a cada 90 dias, e poder� avaliar as recomenda��es feitas com rela��o aos cuidados e preven��o relacionados ao v�rus zika.
O ministro da Sa�de afirmou que tudo indica que as recomenda��es permanecer�o, como a de que gr�vidas evitem viajar para os 60 pa�ses onde foi constatada a presen�a do v�rus, ou ent�o, para que mulheres retardem a gravidez at� que a comunidade cient�fica internacional amplie os conhecimentos sobre os reflexos do v�rus. Barros descartou, no entanto, a possibilidade de o comit� propor a mudan�a de datas ou de local dos Jogos 2016.
“N�s n�o consideramos a hip�tese de adiamento das Olimp�adas. N�o h� nenhuma base cient�fica que recomende este tipo de decis�o. O que espero em rela��o aos atletas que est�o em d�vida de virem ao Rio de Janeiro � que a nossa explana��o hoje sirva de informa��o para que eles possam rever a sua posi��o e venham competir no Brasil, porque, de fato, n�s estaremos em uma das regi�es de menor circula��o do v�rus. Nos outros pa�ses em que ele existe, muitos estar�o em temporada de ver�o, com alta prolifera��o do v�rus. A regi�o do Caribe, por exemplo, onde h� uma circula��o de milhares de turistas, tem uma possibilidade muito maior de algu�m adquirir o v�rus l�, do que aqui durante o inverno no Rio de Janeiro. Espero que os atletas possam, a partir das nossas informa��es, rever as suas posi��es e esperamos ter todos aqui conosco nas olimp�adas”, disse.
De acordo com o ministro, o governo brasileiro resolveu acatar todas as recomenda��es da OMS para as Olimp�adas e para o v�rus zika. “Temos uma grande estrutura montada para que possamos - com seguran�a - receber aqueles que v�m ao Rio de Janeiro para os Jogos Ol�mpicos e vamos informar o que est� dispon�vel em infraestrutura para suportar esta vinda dos turistas e da fam�lia ol�mpica para os Jogos Ol�mpicos”, disse.
O ministro da Sa�de afirmou, ainda, que, durante a Copa do Mundo, quando o n�mero de visitantes superou 1 milh�o de pessoas, houve apenas tr�s casos de dengue e que, �s v�speras dos Jogos 2016, a possibilidade � menor, com a expectativa de o pa�s receber at� 500 mil turistas para acompanhar as competi��es.
Barros assegurou que a rede de sa�de est� preparada. O governo federal repassou mais R$ 19,5 milh�es para a rede de sa�de do estado do Rio de Janeiro. J� h� ambul�ncias dispon�veis e recursos para esses ve�culos no valor de R$ 30 milh�es. Est�o selecionados, ainda, 130 leitos para atendimentos de emerg�ncia caso sejam comprovados casos de zika. Al�m disso, haver� o refor�o de 3 mil profissionais atuando no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. No Rio de Janeiro, mais de 80% dos im�veis foram vistoriados para identificar focos de dengue.
Cuidados
De acordo com o ministro, o Comit� Ol�mpico vai distribuir repelentes para todos os atletas e o governo brasileiro est� adquirindo unidades do produto para distribuir gratuitamente a gestantes inclu�das no Programa Bolsa Fam�lia.
Ainda com rela��o �s mulheres que querem engravidar, o ministro da Sa�de lembrou que o Instituto Evandro Chagas desenvolveu pesquisas com a Universidade do Texas de uma vacina para o v�rus zika e a previs�o � iniciar os testes cl�nicos em novembro. “Temos a expectativa de fazer os testes em fast track como aconteceu com o v�rus Ebola e, em pouco tempo, as mulheres poder�o ter uma gravidez segura”, afirmou.