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Estado de Minas

Popula��o do DF se prepara para ficar um dia da semana sem �gua na torneira

Companhia de Abastecimento do Distrito Federal (Caesb) anuncia in�cio do racionamento para 1,8 milh�o de pessoas


postado em 13/01/2017 09:23 / atualizado em 13/01/2017 09:31

"Tenho o sal�o h� 10 anos e nunca tinha passado por essa situa��o. Mas n�o pretendo diminuir o hor�rio de atendimento", diz Macilene Reis, dona de um sal�o em Ceil�ndia (foto: Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press)

O menor volume de �gua j� registrado na Barragem do Descoberto levou a Companhia de Abastecimento do Distrito Federal (Caesb) a tomar a mais dr�stica medida para for�ar a diminui��o do consumo do l�quido: o plano de racionamento, o primeiro da hist�ria do DF. No total, 65% da popula��o da capital do pa�s —  cerca de 1,8 milh�o de habitantes — ficar�o sem �gua por 24 horas a cada seis dias. O rod�zio come�a na pr�xima segunda-feira, �s 8h, nas cidades de Ceil�ndia, Recanto das Emas e Riacho Fundo II. Ao todo, ser�o 15 regi�es administrativas afetadas pelo racionamento — todas elas abastecidas pelo rio Descoberto. As demais, como o Plano Piloto, os Lagos Norte e Sul, Itapo� e Varj�o n�o participar�o do rod�zio porque s�o atendidas pelo sistema Santa Maria/Torto.

A expectativa da Caesb � uma economia a mais de 10% no consumo de �gua por conta do racionamento e, somando todas as medidas em vigor, a empresa espera 25% de redu��o. N�o h� prazo definido para o fim das restri��es. O rod�zio vai funcionar em um ciclo de seis dias, no qual o morador fica 24 horas sem �gua. Em seguida, passa dois dias com o sistema inst�vel e mais tr�s dias com o servi�o normalizado. “Quando a gente desliga um sistema, a volta da carga (�gua) � gradual, o que pode demorar mais em algumas regi�es, como as mais altas, que demandam maior press�o. Por isso, teremos o prazo de 48 horas para a estabiliza��o”, explica Maur�cio Luduvice, presidente da Caesb.

Mesmo com o racionamento programado, as outras pr�ticas de conten��o de consumo, como a tarifa extra para o gasto acima de 10 mil litros por m�s e a redu��o de press�o, continuam valendo. Dessa forma, a popula��o, que j� vinha convivendo com menos �gua na torneira por conta da redu��o da press�o di�ria nos canos de distribui��o, ter� que se adaptar ainda a um dia da semana sem o servi�o. Nos dias de racionamento, os pr�dios p�blicos, como escolas, hospitais e delegacias, ser�o abastecidos por caminh�es-pipa.

A recomenda��o da Caesb � a de que os moradores, uma vez avisados do calend�rio de desligamentos, passem a armazenar �gua em reservat�rios, como caixas d’�gua. Questionado sobre o fato de a popula��o armazenar mais �gua do que o necess�rio e incrementar o consumo, Luduvice afirmou que conta com o bom senso. “O nosso desafio � acabar com a cultura do desperd�cio. O DF n�o tem tanta �gua. Por isso, precisa consumir na medida certa”.

Embora as regi�es abastecidas pelo Santa Maria/Torto n�o entrem no rod�zio, elas passar�o a conviver com a diminui��o de press�o nas redes de distribui��o de �gua, o que significa que o l�quido chegar� nas torneiras com menor intensidade. A previs�o � de que a medida comece a vigorar a partir de 30 de janeiro. Entretanto, a Caesb informou que ainda faltam ajustes t�cnicos e autoriza��o da Ag�ncia Reguladora de �guas do DF (Adasa). Por isso, n�o h� um detalhamento sobre como vai funcionar a redu��o de press�o.

Na tarde de ontem, segundo as medi��es da Adasa, o Descoberto chegou ao n�vel de 18,94%, o mais baixo j� registrado. A forte chuva que atingiu regi�es isoladas da capital ainda n�o foi suficiente para reverter o quadro de escassez causado pela falta de precipita��es e pelo calor. A previs�o � de que as chuvas comecem a ficar mais frequentes. A meteorologista Cl�udia Rickes afirma que, nos pr�ximos dias, devem ocorrer pancadas com trovoadas isoladas com possibilidade de descargas el�tricas. Para hoje, a m�xima pode atingir 28ºC e a m�nima, 18ºC. A umidade m�xima prevista � de 95%.

Autoriza��o

Desde novembro de 2016, quando o n�vel do Descoberto chegou a 20%, a Adasa autorizou a Caesb a implantar o plano de racionamento. Entretanto, a empresa adiou a execu��o, alegando “quest�es t�cnicas”, quando boa parte dos especialistas recomendava medidas mais austeras para conter o consumo. Na opini�o de Luduvice, todas as decis�es da empresa foram tomadas com responsabilidade. “20% � um marco orientativo. N�o significava que a gente tinha que entrar em racionamento naquele momento. As outras medidas de conten��o estavam conseguindo frear o consumo e esper�vamos mais chuva do que as registradas neste in�cio de ano.”


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