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Estado de Minas

ONU Mulheres v� caso de machismo e misoginia em chacina de Campinas

Na nota, a entidade manifesta rep�dio aos assassinatos e diz que � "inadmiss�vel" que as mulheres continuem a ser assassinadas


postado em 14/01/2017 00:25 / atualizado em 14/01/2017 09:09

Das 12 pessoas mortas pelo técnico em laboratório Sidnei Ramis de Araújo, nove eram mulheres(foto: montagem reprodução)
Das 12 pessoas mortas pelo t�cnico em laborat�rio Sidnei Ramis de Ara�jo, nove eram mulheres (foto: montagem reprodu��o)

Em uma nota p�blica divulgada nesta semana, a ONU Mulheres, entidade das Na��es Unidas para igualdade de g�nero e o empoderamento das mulheres, classificou como um caso de machismo a chacina que deixou 12 pessoas mortas em Campinas - 9 delas mulheres.

"N�o � poss�vel considerar as viol�ncias de g�nero, como a sofrida pelas mulheres em Campinas, como casos isolados ou frutos de uma vingan�a pessoal. Ao contr�rio, tratam-se de casos de machismo e misoginia, que expressam a cultura de viol�ncia a qual todas as mulheres est�o submetidas diariamente no Brasil", diz o texto.

Na nota, a entidade manifesta rep�dio aos assassinatos e diz que � "inadmiss�vel" que as mulheres continuem a ser assassinadas e que "os crimes de �dios �s mulheres sejam disseminados, vilipendiando a mem�ria das v�timas com pretensos elementos de justificativa e de banaliza��o dos assassinatos".

A ONU Mulheres apela ainda para que investigadores incorporem a perspectiva de g�nero nos processos e apliquem a Lei do Feminic�dio (Lei nº 13.104/2015). "Por fim, a ONU Mulheres conclama as autoridades p�blicas de todo o pa�s para investimentos concretos e transparentes em pol�ticas p�blicas para as mulheres."

A chacina

O t�cnico de laborat�rio Sidnei Ramis de Ara�jo, de 46 anos, matou o filho, a ex- mulher e mais 10 pessoas que comemoravam o Rev�illon na casa de uma das v�timas, em Campinas, no interior do Estado. Depois de atirar nos convidados, Ara�jo se matou. O crime, segundo a pol�cia, ocorreu porque ele n�o aceitou perder a guarda do filho.

Ramis deixou cartas e �udios gravados tentando justificar as mortes. No material, obtido com exclusividade pelo Estado, ele afirma que as acusa��es de que teria abusado do menino s�o mentira, diz que foi v�tima de uma injusti�a e de uma "sacanagem" e que n�o conseguia mais "suportar tudo isso".

Para se referir � ex-mulher, Isamara Filier, � m�e dela e a outras mulheres da fam�lia dela, ele s� usa uma palavra, o tempo todo: "vadia". E revela os planos de mat�-las. "Quanto mais ela distanciar ele de mim, mais �dio eu fico dela e menos peso na minha consci�ncia eu vou ter", diz em um dos �udios, endere�ado "aos policiais", modificado pela �ltima vez no dia 30.


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