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Estado de Minas

Novo confronto entre presos � registrado em pris�o no Rio Grande do Norte

A onda de viol�ncia tamb�m toma conta das ruas no interior do estado. A Secretaria da Seguran�a P�blica do RN registrou 28 ocorr�ncias de ataques a �nibus, terminais urbanos, viaturas do governo, delegacias e outros pr�dios p�blicos na capital e em outras cinco cidades


postado em 19/01/2017 11:51 / atualizado em 19/01/2017 13:32

No confronto da manhã desta quinta-feira, muitos tiros disparados por policiais militares e agentes penitenciários eram ouvidos, assim como o barulho de bombas de efeito moral(foto: AFP / Andressa Anholete )
No confronto da manh� desta quinta-feira, muitos tiros disparados por policiais militares e agentes penitenci�rios eram ouvidos, assim como o barulho de bombas de efeito moral (foto: AFP / Andressa Anholete )

A rebeli�o na Penitenci�ria Estadual de Alca�uz, na Grande Natal, chegou ao sexto dia nesta quinta-feira, 19. Nas primeiras horas da manh�, detentos voltaram ao teto de ao menos tr�s pavilh�es da unidade. Do lado de fora, muitos tiros disparados por policiais militares e agentes penitenci�rios eram ouvidos, assim como o barulho de bombas de efeito moral. O helic�ptero da PM sobrevoava o pres�dio em aux�lio a a��o dos policiais nas guaritas que disparavam contra os presos.

Aglomerados pr�ximo ao pavilh�o 4, onde no s�bado, 26 presidi�rios foram mortos, os presos foram dispersados ap�s os disparos de armamento n�o letal. De cima de um dos pavilh�es, um preso gritava pela aten��o da PM pedindo que liberasse o acesso para que os pr�prios presos "dessem um jeito".

A nova rebeli�o acontece no dia seguinte � retirada de 220 internos ligados ao Sindicato do Crime do RN (SDC) do local. O governo do estado remanejou presos entre tr�s unidades visando a acalmar a situa��o em Alca�uz. A Justi�a, por�m, determinou que parte da opera��o fosse desfeita.

A Vara de Execu��es Penais de N�sia Floresta, cidade onde est� situado o pres�dio, entendeu que presos foram retirados "� revelia" e estariam "correndo s�rio risco de morte, em especial porque a rebeli�o n�o foi controlada".

Em nota, o Tribunal de Justi�a potiguar informou que "neste momento de desconfian�a entre os presos, n�o h� possibilidade de saber quem s�o os presos do Sindicato do Crime". "S� os do PCC est�o se declarando como integrantes desta fac��o."

Transfer�ncia interrompida


A decis�o de interromper a opera��o montada pelo Estado foi tomada pela ju�za Nivalda Torquato, que considerou ainda uma decis�o de 2015 que interditou Alca�uz para novos presos. "Somente por meio de documento oficial e em condi��es de normalidade � que se pode permutar presos", informou a magistrada.

A transfer�ncia de Alca�uz envolvia a permuta com presos retirados da Penitenci�ria Estadual de Parnamirim, que seriam divididos entre a unidade em N�sia Floresta e a Cadeia Publica de Natal, na zona norte da capital. O governo disse que n�o ia comentar a decis�o da ju�za, mas ressaltou que na ter�a-feira foi realizada uma reuni�o com o TJ para repassar as informa��es sobre as transfer�ncias e organizar a opera��o.

"Os presos que n�o entraram em Alca�uz passaram a noite na Cadeia P�blica de Natal. Por quest�o de seguran�a, a secretaria de seguran�a n�o pode repassar informa��es neste momento sobre a nova opera��o de transfer�ncia", disse o governo em nota. N�o foi informado se os detentos retirados ser�o devolvidos � Alca�uz.

Caos no estado

A onda de viol�ncia tamb�m toma conta das ruas no interior do estado. A Secretaria da Seguran�a P�blica e da Defesa Social do Rio Grande do Norte registrou 28 ocorr�ncias de ataques a �nibus, terminais urbanos, viaturas do governo, delegacias e outros pr�dios p�blicos na capital e em outras cinco cidades potiguares desde a tarde dessa quarta-feira (18/1). Foram incendiados 21 �nibus; seis carros e um caminh�o. Sete pessoas foram detidas e conduzidas a delegacias.

Segundo o secret�rio de Seguran�a P�blica, Caio Bezerra, a poss�vel rela��o dos ataques com a transfer�ncia de presos da Penitenci�ria Estadual de Alca�uz, ontem, ainda est� sendo investigada. “As nossas for�as de seguran�a est�o mobilizadas para garantir a normalidade nas ruas e as investiga��es sobre poss�veis retalia��es j� est�o sendo feitas.” H� cinco dias, as autoridades de seguran�a p�blica estaduais tentam retomar o controle do pres�dio, localizado na regi�o metropolitana de Natal.

A onda de ataques levou rodovi�rios e empresas de transporte urbano a recolherem os �nibus desde as 18h de ontem. Ve�culos voltaram a circular no in�cio da manh� de hoje (19), mas com atrasos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Transportadores Rodovi�rios (Sintro-RN), alguns �nibus sa�ram das garagens escoltados por viaturas policiais.

Motins desde s�bado


Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, é palco de confrontos e ameaças entre presos membros de facções criminosas rivais desde o último final de semana(foto: ANDRESSA ANHOLETE / AFP )
Penitenci�ria Estadual de Alca�uz, no Rio Grande do Norte, � palco de confrontos e amea�as entre presos membros de fac��es criminosas rivais desde o �ltimo final de semana (foto: ANDRESSA ANHOLETE / AFP )
De s�bado para domingo, pelo menos 26 presos foram assassinados por outros detentos durante uma rebeli�o de mais de 14 horas de dura��o. Desde ent�o, presos circulam livremente pelo p�tio da unidade, portando facas, barras de ferro e paus. As autoridades estaduais de seguran�a p�blica desconfiam que o n�mero de mortos no confronto entre presos pode ser maior e que corpos podem ter sido jogados em fossas de esgoto na �rea interna do pres�dio.

O governo do Rio Grande do Norte pediu ao governo federal o envio de equipes das For�as Armadas para auxiliar as for�as locais a inspecionarem o interior dos pres�dios estaduais em busca de armas, aparelhos celulares, drogas e outros produtos e subst�ncias proibidas. Tropas da For�a Nacional de Seguran�a P�blica tamb�m j� atuam no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Pol�cia Militar no policiamento ostensivo.



Com informa��es das ag�ncias Estado e Brasil


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