
Os �nibus n�o devem circular nas cidades da regi�o metropolitana de Vit�ria nesta quarta-feira (8) devido ao clima de inseguran�a que atinge o estado desde o in�cio da mobiliza��o de parentes de policiais militares, que impedem a sa�da de viaturas dos batalh�es.
Ante o Motim da PM/E, resta a inseguran�a aos moradores extirparas Guarapari por volta das 00:00 de 5/3 @fala_brasil @jornalhoje @BandTV pic.twitter.com/0jAuXqMgZT
%u2014 #NenhumDireitoAMenos (@IPompermayer) 6 de fevereiro de 2017
O Sindicato dos Rodovi�rios do Esp�rito Santo (Sindrodovi�rios) informou, em comunicado, que a diretoria da entidade decidiu pela suspens�o das atividades de transporte de passageiros at� que a seguran�a seja plenamente restabelecida.
Segundo o presidente da categoria, Edson da Fonseca Bastos, o sindicato havia autorizado que uma parte da frota de �nibus circulasse apenas de manh� e de tarde nessa ter�a-feira (7), mas, por causa da viol�ncia contra os rodovi�rios registrada ontem, os motoristas n�o devem voltar ao trabalho.
“Visando a atender aos usu�rios do sistema, [o Sindrodovi�rios] convocou a categoria para retornar ao trabalho nesta data [ter�a-feira], mas n�o obstante a presen�a de policiais do Ex�rcito nos terminais de passageiros, os trabalhadores rodovi�rios continuam sendo v�timas de agress�es f�sicas, assaltos e amea�as de morte por parte de criminosos e assaltantes”, disse Bastos, na nota.
As manifesta��es come�aram na sexta-feira (3), quando parentes de policiais militares se reuniram em frente � 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, no munic�pio da Serra, na Grande Vit�ria, e bloquearam a sa�da de viaturas. Eles reivindicam reajuste salarial e o pagamento de aux�lio-alimenta��o, periculosidade, insalubridade e adicional noturno aos policiais.
Os protestos se estenderam para outros batalh�es durante o fim de semana e, segundo a Associa��o de Cabos e Soldados da Pol�cia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Esp�rito Santo, atingem todos os quart�is do estado.
Clima de inseguran�a
Pelo terceiro dia consecutivo, a prefeitura de Vit�ria suspendeu a volta �s aulas na rede municipal e o atendimento nas unidades de sa�de da capital capixaba. A prefeitura tamb�m decidiu suspender o expediente nas reparti��es municipais nesta quarta-feira. Segundo comunicado, a decis�o visa a manter a integridade das fam�lias e dos servidores neste momento de instabilidade. As atividades da Guarda Municipal e essenciais de limpeza continuam mantidas.
"Ap�s acompanhar cuidadosamente os �ltimos acontecimentos, ainda n�o se reconstituiu o ambiente que garanta a plena seguran�a e mobilidade de servidores, popula��o e suas fam�lias. Por isso, infelizmente, � necess�rio suspender novamente todas as atividades da prefeitura", disse o prefeito de Vit�ria, Luciano Rezende, em nota.
Apesar da presen�a de mil homens das For�as Armadas e 200 da For�a Nacional que patrulham as ruas para refor�ar a seguran�a da regi�o metropolitana de Vit�ria, a maior parte do com�rcio est� fechada e o movimento de carros e pessoas nas ruas na capital capixaba � pequeno, j� que a orienta��o das autoridades � que a popula��o evite sair de casa.
Protesto de moradores

O clima ficou tenso em frente ao quartel do Comando Geral da Pol�cia Militar do Esp�rito Santo em Maru�pe, na regi�o central de Vit�ria, durante a tarde e a noite dessa ter�a-feira. Moradores pediam a volta dos policiais militares para o patrulhamento das ruas e protestavam contra a presen�a dos familiares – principalmente mulheres – em frente aos batalh�es.
Os militares do Ex�rcito, que chegaram na segunda-feira (6) para refor�ar a seguran�a no Esp�rito Santo, impediram o confronto entre os manifestantes e o grupo de mulheres e liberaram o tr�nsito na Avenida Maru�pe, que havia sido interditada pelos moradores ap�s atearem fogo a pneus.